quarta-feira, 30 de abril de 2014

SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA

AGORA É POSSÍVEL
Um só sistema  abrangendo todos os sistemas de gestão:
ISO 9001, ISO 14001, OSHAS 18001 e SA 8000


A Com. Êxito Consultoria acredita que as organizações podem cortar custos integrando  seus sistemas de gestão, implementar sistemas em separado é um desperdício de recursos e desgasta os colaboradores, implemente sistemas integrados, se precisar de ajuda para a implementação fale conosco!
Certificadas ou não segundo a ISO 9001, milhares de empresas em todo o mundo estão descobrindo que os seus Sistemas de Gestão da Qualidade também podem ser utilizados como base para o tratamento eficaz das questões relativas ao Meio Ambiente e à Segurança e Saúde no Trabalho (SST), aliás, tanto a norma ISO 14001 como a OHSAS 18001 foram feitas, propositalmente, para serem integradas  aos sistemas baseados na ISO 9001.

Com a crescente pressão nas empresas para se fazer mais com menos, várias delas estão vendo a integração dos Sistemas de Gestão como uma excelente oportunidade para reduzir custos com o desenvolvimento e manutenção de sistemas separados, ou de inúmeros programas e ações que, na maioria das vezes, se superpõem e acarretam gastos desnecessários.

Talvez o principal argumento que tem compelido as empresas a integrar os processos de Qualidade, Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho é o efeito positivo que um SIG – Sistema Integrado de Gestão – pode ter sobre os funcionários. As metas de produtividade, progressivamente mais desafiadoras, requerem que as organizações maximizem sua eficiência. Múltiplos Sistemas de Gestão, onde somente um bastaria, são ineficientes, difíceis de administrar e difíceis de obter o efetivo envolvimento das pessoas, que invariavelmente questionam "ou nós damos prioridade à produção, ou nos envolvemos com todos esses sistemas". No nosso modo de ver, é muito mais simples obter a cooperação dos funcionários para um único sistema do que para 3 sistemas separados. Além do mais, a sinergia gerada pelo SIG tem levado as organizações a atingir melhores níveis de desempenho, a um custo global muito menor.

Outros benefícios  

A Legislação Ambiental e as NRs – Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, entre outros requisitos legais, obrigam as empresas a implementar inúmeros programas, atividades e serviços, como o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, o PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, a CIPA, o SESMT, o Programa de Atendimento a Emergências, e muito mais. Fora todas essas obrigações, as organizações de grande porte devem também desenvolver programas corporativos, em suas várias unidades operacionais.

Via de regra, tanto os programas exigidos pela legislação como os programas corporativos são implementados de forma isolada, com pouca participação de outras pessoas além dos especialistas em Meio Ambiente e SST, bem como não são adequadamente sistematizados nem  através de um Sistema de Gestão.

Para a empresa que tem um Sistema de Gestão da Qualidade corretamente implantado e que pretende agregar valor a ele estendendo-o às questões ambientais e de SST, os SIGs – Sistemas Integrados de Gestão – são uma excelente oportunidade para sanar todos esses problemas – incluindo-se aí a identificação e o acesso estruturado aos requisitos legais e a outros requisitos subscritos pela organização.

Abrangência do Sistema Integrado de Gestão

Normalmente estamos integrando sistemas com base nas normas: ISO9000, ISO14000, OSHAS18000 e SA80000, porém  ideal seria que todos os sistemas da organização estarem juntos no mesmo modelo de gestão assim como um software corporativo é melhor que diversos softwares, veja o modelo a seguir:


Deve-se notar que, na figura, esquematizamos um Sistema de Gestão que integra os processos de Qualidade, Meio Ambiente, SST e todos os outros sistemas da organização. Já um SIG parcial abrangeria os processos de Qualidade e Meio Ambiente, ou os de Qualidade e Segurança e Saúde no Trabalho. Entretanto, pelo que temos observado na grande maioria das empresas brasileiras, as tentativas de integração desses processos têm ocorrido de forma não-sistêmica, através de programas isolados. No nosso entender, a integração efetiva dos Sistemas de Gestão tem ocorrido e ocorrerá, na prática, quase sempre a partir de Sistemas de Gestão da Qualidade estruturados em conformidade com as normas ISO 9000, devido a ser esta normalmente a primeira norma a ser implantada na organização.

Fone: http://www.comexito.com.br/gestao_integrada.asp

FANTÁSTICO MOSTRA SITUAÇÃO PRECÁRIA DE ESCOLAS PÚBLICAS EM ALAGOAS, EM PERNAMBUCO E NO MARANHÃO

09/03/2014 22h34 - Atualizado em 10/03/2014 12h00

São escolas sem água potável, sem banheiro e até sem sala de aula.  O que não falta é a força de vontade de alunos, professores e pais.




Um retrato do abandono do ensino público no Brasil. São escolas sem água potável, sem banheiro e até sem sala de aula. Durante dois meses, os repórteres Eduardo Faustini e Luiz Cláudio Azevedo percorreram escolas públicas dos estados que tiveram as médias mais baixas no Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa). “O percurso deles é em torno de 20, 30 quilômetros. Muitos acordam duas, três horas da manhã, para pegar um caminhão, para que esse caminhão leve até a rodovia, para da rodovia vir de um transporte fornecido pela prefeitura do município: o ônibus escolar”, conta um morador de Joaquim Gomes, em Alagoas.

“A rua é assim desse jeito. Os meninos, a gente atravessa eles no braço, porque não quer ver eles molhado. Caderno, eles não dão”, conta uma moradora de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco“Essa água não é ideal para ser tomada e, principalmente dar ela para as crianças. Isso aí tem um germe total. Eu trabalho aqui, mas dela eu também não bebo”, revela um homem. “Tem aluno que até cai da carteira, principalmente os menores, da educação infantil”, diz uma moradora de Codó, no Maranhão.

“Quando temos a necessidade de irmos para o banheiro, nós vamos para o mato. Os alunos e a professora”, afirma uma mulher. O que a reportagem mostra são escolas em que falta tudo, escolas que nem de longe lembram uma escola. O que não falta é a força de vontade de alunos, professores e pais que sofrem com as péssimas condições de ensino. Sofrem e ficam indignados.

“Ei, quatro anos sem receber farda, aqui, ó”, conta uma mãe. “Sem receber farda, sem ninguém dar atenção para gente”, afirma uma outra mãe. “As crianças da gente são desprezada aqui dentro”, reclama. O Fantástico mostra a situação da entrada de uma escola municipal, em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.

“Quando chove, a água invade, e chegam molhados, tudo sujo. Aí a situação. Aí não tem. Um bebedor bom não tem. Papel higiênico não tem”, afirma a mãe de aluno Maria Betânia dos Santos. Revoltada, ela diz que as professoras pedem aos pais até material de limpeza: “Elas pedem à gente uma vassoura, pedem detergente. É o que for para botar aqui. Para ajudar aqui. E tem vez que as pobrezinhas passam quase um mês sem receber. Aí como é isso?”.

Isso é a realidade de escolas públicas em Alagoas, em Pernambuco e no Maranhão. Na mais recente pesquisa brasileira do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), esses estados estão entre os que tiveram as notas médias mais baixas. Os repórteres do Fantástico passaram dois meses registrando as condições de escolas nesses estados.

Fantástico: Que horas você sai de casa?
Williana Soares (aluna): Quatro horas.
Everton Guedes Cavalcante (aluno): A hora que eu saio de casa, o máximo é 4h10, mas me acordo 3h50.
 Só tem um jeito para o Everton e para a Williana irem à escola: de caminhão. “Tem uma base de uns 55 alunos que nós vai (sic) nesse caminhão. Só que tem a dificuldade da estrada”, explica o motorista José Fernandes de Melo. É uma estrada de terra. Depois dessa viagem, em Joaquim Gomes, em Alagoas, é que eles pegam o ônibus escolar da prefeitura. Mas e quando chove? “Com dia de sol, nós consegue (sic). Quando choveu, não consegue chegar aqui”, conta o motorista. O jeito então é ir... “Andando. Fora a ladeira que tem para subir”, conta Williana. Ou então... “É ficar em casa mesmo, sem poder ir para a escola”, admite Everton.

Já em Lagoa Grande, em Pernambuco, quem não tem caminhão vai de charrete. Seu Francisco diz que a filha, a Rosileide, se queixa quando a escola não pode funcionar. Em Codó, no Maranhão, o André e o primo dele, o Eduardo, são vaqueiros de manhã. De tarde, caminham 35 minutos até a escola. Por lá, falta quase tudo. Não falta carinho. “Vocês são guardado no lado esquerdo do meu coração. Então, sejam bem-vindos mais este ano que nós temos aqui para trabalhar, para melhorar, para ver os nossos acertos”, anuncia a professora.

Em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, se chegar a uma escola assim não é fácil, entrar também pode ser bem difícil, como foi visto no início da reportagem. Na frente de outro colégio da mesma cidade, a situação é pior ainda: o esgoto está aberto. E ainda uma terceira escola enfrenta o mesmo problema, no mesmo município. “Está há seis anos assim. Agora, é o que a gente diz para as mães: nós como funcionários vamos entrar. Nós somos funcionários, precisamos preservar a escola aberta para o aluno”, diz a secretária escolar Maria Vieira de Araújo.

Fantástico: Como que a senhora chegou hoje para dar aula? Qual foi a situação que a senhora encontrou na sala de aula?
Auriele Galvão (professora): A escola toda estava alagada. Não é goteira, é chuva mesmo. Eu afasto todas as cadeiras, boto todo mundo pro canto, e coloca baldes aqui. A água desce todinha pela parede. Inclusive eu já perdi trabalhos que a gente realiza trabalhos com os alunos, coloca nas paredes em exposição, mas aí desce tudo, molha tudo. Você pode pensar que é uma cidade muito longe dos grandes centros, mas não é: Jaboatão dos Guararapes fica a cerca de seis quilômetros do metro quadrado mais caro de Recife, na praia de Boa Viagem. Finalmente, a aula começa, inclusive na escola indígena Pajé Miguel Selestino da Silva, em Palmeira dos Índios, em Alagoas. O que falta é a própria sala de aula.

Fantástico: Há quantos anos o senhor dá aula nessa situação aqui?
Jecinaldo Xucuru Cariri (professor): Há mais de dois anos que eu venho ministrando aula debaixo da mangueira. É bastante complicado, até porque de repente vem uma chuva, então tem que todo mundo correr e abandonar a aula. Em uma galpão, funciona outra sala. É uma situação de improviso, porque a sede original da escola não tem mais condições de uso e está interditada. No galpão, os alunos ficam espremidos. Além do desconforto, tem o perigo. A escola municipal em Codó, no Maranhão, se chama Divina Providência e espera providências há muito tempo.
Fantástico: Há quanto tempo essa escola está assim? Do jeito que está assim hoje.
Deusdet Oliveira Matos (comerciante): Está com mais de 15 anos.
O Deusdet é um comerciante que construiu a escola há 50 anos e, do jeito que pode, continua tomando conta dela.
Deusdet Oliveira Matos: Quando está gotejando, eu vou, tiro a goteira. Agora, esse ano eu ia fazer essa parede de tijolo, mas ainda não fiz.
Fantástico: O que leva o senhor a cuidar dessa escola?
Deusdet Oliveira Matos: O espírito de humanidade, para poder auxiliar os filhos dos moradores a não se criarem analfabeto. “A situação, como vocês estão vendo, desde o ano passado que a gente está desse jeito. A falta de cadeira, sentam e não tem o braço da cadeira. Eles estão com dificuldade para escrever. E eu estou utilizando a minha mesa, para que eles fiquem mais à vontade. O que eu posso fazer eu estou fazendo”, diz Juciara de Souza, professora em Petrolina, Pernambuco. Em uma das cadeiras é possível ver parafuso para fora. “Eu gostaria que tivesse cadeiras boas e que não fossem quebradas”, afirma uma aluna. “Já teve caso de criança perder aula, porque não tinha cadeira”, conta a mãe de aluno Edineide Helena da Costa. “O piso da escola não é adequado para o tipo de carteira, porque as carteiras, como é você pode ver, é um cano. Então, elas afundam no chão. E aí tem aluno que até cai. Aí chora, devido ao chão batido, que aqui não sabe se aqui é uma subida, ou ali é uma descida. É um desnível total. Porque aqui era uma casa de moradia. Era uma pessoa que morava aqui. Aí montou essa escola aqui para eles”, conta Rosa Maria Pereira Cunha, professora em Codó, no Maranhão.

As escolas visitadas pelo repórter Eduardo Faustini ficam em regiões bem quentes. Nas salas, todo mundo se queixa do calor. “É quente. No calor não tem quem suporte”, reclama a aluna Mayara Nunes de Alencar, em Petrolina, Pernambuco. “Tem um ventilador, mas na outra sala. Um ventilador não é suficiente para os aluno. É muito aluno”, diz a zeladora Josiane Barbosa da Silva, de Lagoa Grande, Pernambuco. Em outras escolas, um, dois ou um monte de ventiladores, nada resolveria, porque elas não têm energia elétrica.

Rosa Maria Pereira Cunha (professora em Codó, no Maranhão): Quando chove, fica escuro.
Fantástico: Não tem luz.
Rosa Maria Pereira Cunha: Tem não. Não tem luz. Como beber água nessas condições? E como fazer a merenda? “Para beber água, a gente pega água com a dona da terra. Pega uma garrafa de água e trago para cá, porque também está faltando filtro”, conta a professora Eliete de Araújo Lobes. “Eu trabalho aqui, mas dela eu também não bebo, porque a gente vê a situação da água. Isso aí tem um germe total. Até lá em cima tem um pisador de cavalo e um pisador de boi. Tem uns bois que ficam aí atrás que bebem dessa água aí em cima da barragem”, José Dionísio Justino, professor em Joaquim Gomes, em Alagoas.

Celso Selestino (agente de saneamento em Palmeira dos Índios, em Alagoas): Não tem tratamento. Do jeito que ela passa aqui, ela abastece a cidade e não tem tratamento nenhum.
Fantástico: Agora tem algum sistema de filtro para proteger essa água? 
Celso Selestino: Não. O filtro que tem aqui só isso aqui, não tem filtro nenhum. O pessoal é que coa a água ali e dá para as criança beber. “A fossa é dentro da cozinha, e o suspiro é dentro da cozinha. Aonde a merenda já chega pronta e a gente tem que servir a merenda neste setor”, revela um funcionário de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco. “Geralmente a merenda só aparece de maio a junho. Geralmente é nesse período que a merenda aparece”, diz uma funcionária de uma escola na cidade de Codó, no Maranhão. “Custa a chegar. E quando vem, a gente se junta lá com a vizinha aqui, que me ajuda demais, e aí a gente faz a merenda para essas criança. E, quando não, eles comem fruta da estação. Desse jeito”, conta a professora Maria do Amparo dos Anjos.
Professora de Lagoa Grande, em Pernambuco: Às vezes não tem aula porque não tem a merenda.
Fantástico: Difícil, não é?
Professora: É complicado.
Fantástico: Como é que você se sente, assim, cuidando dessas crianças nessa situação?
Professora: Assim, eu me sinto... pequena, né?  Que seus alunos não tá crescendo. Você sente como se tivesse diminuindo, não tá aumentando. E aí, se o aluno tem o que comer e faz sua refeição, é hora de escovar os dentes. Mas em que banheiro? “A água que a gente tem para botar nas descargas. Ontem, quem fez a limpeza fomos nós, os professores. Ó, aqui não tem a torneira”, denuncia a professora Marilucia Gomes de Sá, professora em Petrolina, Pernambuco. “O ano passado eles estudaram sem banheiro, não tinha banheiro”, conta Francisco da Silva, pai de um aluno em Lagoa Grande, Pernambuco.
Josiane Barbosa (zeladora em Lagoa Grande, Pernambuco): Ó, tem esse banheiro aqui. Não tem luz, todo esculhambado. Tão fazendo um ali fora, mas começaram e não terminaram ainda.
Fantástico: A descarga funciona?
Josiane Barbosa: Não.
Fantástico: Como é que faz o aluno quando precisa ir ao banheiro?
Funcionária: Os meninos vão para detrás da escola, e as meninas, do outro lado, assim como a professora também. Que nós não temos banheiro.
Fantástico: A senhora usa o mato quando...
Funcionária: Também.
Fim das aulas, hora de voltar para casa. Lama, viagem longa e perigosa, em mais um dia do ano letivo. Essas escolas passam por inúmeras dificuldades. Para muitos professores, a situação é mais difícil ainda, porque eles têm que dar aulas para várias turmas ao mesmo tempo. É o chamado ensino multisseriado, bastante comum no Brasil.
Fantástico: Enquanto a senhora está dando aula para uma turma, a outra aguarda, é assim que é feito?
Professora: É. Sempre eu começo pela educação infantil, já tá aprendendo a coordenação motora. Eu passo primeiro. Aí vou para o outro que já está lá no quarto, quinto ano.

Algumas das escolas mostradas na reportagem oferecem aos alunos menos do que o mínimo do mínimo. Uma escola com infraestrutura elementar tem que ter água, banheiro, esgoto, energia elétrica e cozinha. Quase metade das escolas brasileiras é assim. São 87 mil ou 44,5% do total de escolas no país, segundo estudo feito por pesquisadores da Universidade de Brasília e da Federal de Santa Catarina. “Escolas com estrutura precária em geral são escolas municipais e muitas dessas escolas são rurais. Se nós pegarmos escolas que atendem alunos com um nível socioeconômico equivalente, as que têm melhor estrutura tendem a oferecer melhor resultado”, diz José Joaquim Soares Neto, pesquisador da UnB. A escola com a infraestrutura adequada tem sala dos professores, biblioteca, laboratório de informática, quadra esportiva e parque infantil. Conta também com acesso à internet e máquina de cópias.

E a escola com infraestrutura avançada tem tudo isso e ainda laboratório de ciências e instalações para estudantes com necessidades especiais. Das 195 mil escolas brasileiras, pouco mais de mil são avançadas. Isso representa 0.6% do total. “Em geral, essas escolas estão em regiões como Sul e Sudeste”, completa o pesquisador. Diante disso tudo, o que é que leva todos esses brasileiros, alunos, professores e também os pais, a seguir em frente? O professor Elias Ferreira da Silva passou por algumas dessas situações que você acabou de ver, chegou à universidade e hoje dá aula na Escola São José, em Alagoas, aquela dos alunos que precisam do caminhão para ir à aula.

“É justamente essa vontade que eles têm de um futuro melhor que fazem ele ter essa força de sair 30 quilômetros, 20 quilômetros, 15 quilômetros, para chegar até a escola”, destaca Elias Ferreira da Silva. “Ano passado, quando cheguei aqui, estava tudo caído, aí eu me sentei e, sinceramente, eu chorei”, revela uma professora. “Eu queria que ela fosse grande, que tivesse vários professores, apesar que eu gosto de todos os meus professores, eles me ensinam muito bem”, comenta uma aluna. “Eu sempre digo isso, que eu acho que a gente que trabalha na Zona Rural, nós somos realmente heroínas”, afirma uma mulher. “Apesar desses lugares mais longínquos possível, vocês são o futuro dessa nação, construindo a sua própria história, ajudando a erguer mais esse país tão grande”, afirma uma professora. A Prefeitura de Codó, no Maranhão, diz em nota que vem melhorando a infraestrutura das escolas rurais. Afirma que, nos últimos cinco anos, foram construídas e equipadas 150 novas salas de aula. E que está prevista a construção de mais 28 escolas nos próximos 2 anos.

Veja o que os outros órgãos públicos têm a dizer:

A prefeitura de Jaboatão dos Guararapes informou na sexta-feira (7) que o trabalho de recuperação está em andamento. “Já recuperamos 51 escolas e temos um cronograma de execução até o final do ano. As três escolas visitadas, desde a produção das imagens até o presente o momento, já resolvemos mais de 90% do que vocês filmaram”, afirma secretário de Educação de Guararapes, Francisco Amorim. A Secretaria de Educação de Joaquim Gomes, em Alagoas, informa que tem projetos junto ao Ministério da Educação para obter recursos federais para recuperar escolas rurais e também urbanas. Novas cadeiras já estão sendo compradas e reparos estão sendo feitos nas escolas.

O secretário de Educação de Lagoa Grande, em Pernambuco, diz que o município está trabalhando na recuperação das escolas em regime de urgência. “Encontramos o município totalmente sucateado. Fizemos um levantamento emergencial onde a gente poderia intervir de imediato”, afirma o secretário de Educação de Lagoa Grande, Daniel Torre. A Secretaria de Educação de Alagoas afirma que a ordem de serviço para recuperação da Escola Estadual Pajé Miguel Selestino já foi assinada. Serão instalados um laboratório de informática e uma biblioteca. As cadeiras da escola Joaquim Francisco da Costa, em Petrolina, Pernambuco, foram substituídas cinco dias depois de o Fantástico visitar a escola.

Fonte: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/03/fantastico-mostra-situacao-precaria-de-escolas-publicas-em-alagoas-em-pernambuco-e-no-maranhao.html

sexta-feira, 11 de abril de 2014

LEITURA E ESCRITA DE TEXTOS DO GÊNERO MEMÓRIAS LITERÁRIAS

PLANO DE AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Neste projeto de Língua Portuguesa, convide os alunos a ler e a escrever uma coletânea de memórias literárias



Objetivos

Ampliar a competência comunicativa, lendo e escrevendo textos socialmente relevantes sobre o trabalho com o gênero textual memórias literárias.
Ler, ouvir, compreender e comentar textos com base no gênero memórias literárias.
Identificar as características formais e discursivas do gênero memórias literárias.
Planejar, produzir, reescrever, revisar e publicar memórias literárias.
Realizar análise linguística sobre os textos produzidos.

Conteúdos

Gênero textual Memórias Literárias.
Leitura e compreensão.
Produção textual.
Procedimentos de produção, reescrita e revisão de textos.
Análise linguística - coesão, coerência, plural, tempos verbais, transposição da fala para a escrita, uso da letra maiúscula, pronomes, pontuação, vocabulário.

Obs.: dependendo das dificuldades da turma, outros conteúdos linguísticos podem ser acrescentados ao projeto.

Tempo estimado

Oito meses.

Ano

5º ao 8º ano

Material necessário

Filme "Adorável Professor" (Stephen Herek, 440 min, Buena Vista Filmes do Brasil, tel. 11/5503-9900) Coletânea "Meu Professor Inesquecível" (Fanny Abramovich/org., 160 págs., Ed. Gente, tel. 11/3670-2500, 31,90 reais) Conto "Galinha ao Molho Pardo", de Fernando Sabino (1923-2004), presente no livro "O Menino no Espelho" (176 págs., Ed. Record, tel. 21/2585-2407, 34,90 reais). Biblioteca, acervo de livros ou textos do gênero Memórias Literárias. Laboratório de informática com acesso a internet (facultativo).


Desenvolvimento

1ª etapa

Como atividade introdutória, forme um círculo e distribua ao centro várias gravuras que remetam ao campo semântico da Educação. Sugira que cada aluno escolha uma imagem relacionada às suas vivências educacionais e fale sobre fatos e professores que foram importantes. Explique à turma que, nessa aula e nas seguintes, vocês vão falar sobre docentes inesquecíveis. Escolha um texto da coletânea Meu Professor Inesquecível, divida-o de acordo com os parágrafos e peça que cada estudante leia um em voz alta. Promova uma discussão sobre o texto. Proponha uma produção escrita baseada no seguinte enunciado: “É hora de recordar sua vida estudantil. Relembre os melhores momentos, os professores, os acontecimentos inesquecíveis e produza um texto utilizando suas memórias”. Durante as três atividades, inicie o mapeamento da turma com base na análise dos textos produzidos, focando o que cada um já sabe e o que necessita aprender.

2ª etapa

Pergunte à classe quais as qualidades de um bom professor. Liste as respostas no quadro. Em seguida, informe que todos assistirão ao filme Meu Adorável Professor. Ao terminar, proponha uma roda de conversa com base nas seguintes questões:

- Como se sentiram ao assistir ao filme? 
- Já tinham ouvido lembranças semelhantes?
- A história lembra alguma situação que já vivenciaram? 
- O que já aconteceu na vida estudantil de vocês que mereça ficar registrado?

Os alunos devem falar sobre os temas propostos e registrar as considerações nos cadernos. Divida os alunos em duplas e proponha que façam uma lista com o nome dos bons professores que conheceram, os fatos mais importantes que vivenciaram juntos e o que chamou mais a atenção durante as aulas. Com base nisso, discuta o uso da letra maiúscula. Incentive as duplas a sistematizar as regras de uso. Para finalizar, trabalhe a distinção entre memória e memórias por meio de consultas a dicionários e de uma discussão coletiva.

3ª etapa

Lance para a turma uma tempestade de ideias sobre o título da coletânea Meu Professor Inesquecível. Levante os seguintes questionamentos: 

- Quem é seu professor inesquecível? 
- O que ele fez de especial?

Apresente à classe o escritor Marcos Rey (1925-1999), um dos autores que participam da coletânea. Leia o texto dele em voz alta. Peça que os alunos formem duplas e conversem sobre a maneira como o professor inesquecível do autor é apresentado no texto. Todos devem listar suas considerações. Discuta-as coletivamente e vá preparando, no quadro, um panorama das características do gênero memórias literárias. Peça que os estudantes registrem as informações no caderno.

4ª etapa

Distribua vários textos de memórias de diferentes autores para que os alunos realizem uma leitura silenciosa. Divida a turma em duplas e proponha que comentem sobre o que leram, escolham o texto que mais chamou a atenção e apresentem-no oralmente aos colegas. Convide um funcionário da biblioteca escolar (ou outro professor, caso a escola não possua biblioteca) para uma entrevista coletiva. A classe deverá fazer perguntas sobre as memórias estudantis dele. Proponha que cada dupla escreva um texto sobre as memórias que ouviu, prestando atenção nas alterações que ocorrem ao transpor a linguagem oral para a escrita. O trabalho deve ser realizado da seguinte maneira: um aluno é escolhido para ser o escriba e o outro narra as memórias como se fossem dele. O escriba registra tudo no caderno e o colega ajuda a melhorar a produção. Ao surgirem dúvidas, as duplas podem recorrer aos colegas e ao professor. A ideia é que a turma vá aprimorando os textos ao longo da aula. No fim, todos devem registrar no caderno as produções coletivas. Tomando como parâmetro essas produções, selecione alguns trechos dos textos que a turma produziu no começo do projeto. Sem especificar de quem é cada texto, analise coletivamente questões concernentes a coesão, coerência e vocabulário, fazendo as alterações necessárias e promovendo a reescrita coletiva. Chame a atenção também para aspectos relativos ao uso dos tempos verbais e dos pronomes, além de enfatizar a importância dos sinais de pontuação.

5ª etapa

Realize uma visita à biblioteca da escola. Convide um estudante a escolher um livro na seção de Memórias Literárias e realizar a leitura em voz alta para a turma. Sugira que todos escolham um texto de memórias para realizar a leitura silenciosa na biblioteca e um livro para ler em casa. Incentive os alunos a visitar a biblioteca constantemente e auxilie-os a criar esse hábito. Se a escola possuir laboratório de informática, complemente a atividade pedindo que a turma pesquise na internet informações sobre os autores lidos. Retornando à sala de aula, proponha que os alunos socializem as informações encontradas. Com base nelas, montem coletivamente uma lista com a vida e a obra de cada autor. Escolha um estudante para digitar a lista. Faça cópias dela e entregue à classe. Para finalizar a etapa, com base nelas, elabore um plano global para a produção final do tema meu professor inesquecível. Explique à classe que o texto deve ter as seguintes características: ser construído com base na vivência, ter foco narrativo e pronomes em primeira pessoa, utilizar narrador-personagem, ser uma produção com início, meio e fim e utilizar tempo e espaço apropriados ao gênero. Peça que todos registrem o plano no caderno. Lance a proposta para que cada um prepare um roteiro provisório.

6ª etapa

Inicie o trabalho com o texto Galinha ao Molho Pardo. A primeira leitura pode ser feita em voz alta pelo professor e acompanhada pelos alunos, que devem ter uma cópia em mãos. Realize uma análise coletiva dos usos dos sinais de pontuação, que pode resultar na construção de um quadro temático. Relembre todas as atividades realizadas e, de posse do material produzido pelos estudantes ao longo das aulas e do roteiro, peça que cada um comece a produção do texto final. O título deve ser Meu Professor Inesquecível. Explique que as produções vão compor uma coletânea que será apresentada à escola.

7ª etapa

Com base na produção da etapa anterior, realize um processo de revisão coletiva e outro individual. Para começar, liste no quadro problemas que permeiam a maioria dos textos, discuta-os e apresente as explicações mais gerais. Em seguida, devolva os textos e proponha que os alunos formem duplas para melhorarem suas produções. Recolha os textos, leia-os minuciosamente e anote sugestões para aprimorá-los. Entregue as produções com observações específicas para que cada um realize a reescrita individual. Leia novamente os textos e sugira os últimos aprimoramentos e as questões ortográficas que precisam ser ajustadas. Estabeleça um prazo para a entrega da versão final. Para finalizar, peça que os alunos produzam uma capa para a coletânea. Organize o livro e prepare a cerimônia de lançamento. Faça uma lista de professores, funcionários e membros da comunidade que serão convidados. 

Produto final

Livro com as memórias literárias da turma.

Avaliação

Os avanços na aprendizagem precisam ser avaliados por meio da análise comparativa das produções, registro processual dos textos e dificuldades da turma e das intervenções realizadas pelo professor. Tudo deve ser registrado e organizado em um portfólio.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/plano-de-aula-leitura-escrita-textos-genero-memorias-literarias-733251.shtml 

terça-feira, 1 de abril de 2014

ANÁLISE DE "O ENFERMEIRO", DE MACHADO DE ASSIS


PLANO DE AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA

O conto "O enfermeiro" é um bom ponto de partida para conduzir uma análise literária com a turma. Você também pode usar as etapas abaixo para analisar outras obras junto dos alunos. Aproveite!

Objetivos:

Conhecer os procedimentos de análise literária
Reconhecer a complexidade da obra machadiana
Entender a importância dos escritos machadianos para a compreensão da estrutura social brasileira
Discutir as relações entre literatura e sociedade

Conteúdos:

Procedimentos de análise literária
Forma literária
Estrutura social brasileira no sistema escravista

Anos:

9º ano

Tempo estimado:

Quatro aulas

Materiais necessários:
 
Cópia do conto "O enfermeiro", de Machado de Assis (o conto está disponível para download gratuito no site Domínio Público. Clique aqui e acesse )

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/plano-de-aula-lingua-portuguesa-analise-literaria-742360.shtml  

  MESTRADO PROFISSIONAL CAPES aprova primeira proposta com parte do curso em EaD Projeto tem atividades presenciais e número adequado de alu...