sábado, 28 de junho de 2014

PLANO DE UNIDADE

Josuel de Souza Ferreira*

Atividade Integradora apresentado à disciplina de Estagio Supervisionado II, como forma de avaliação parcial do 5º período do curso de Licenciatura Português/Inglês, orientado pela Professora  Maria Rita. 


INTRODUÇÃO

Ao planejar buscamos o perfil do aluno que queremos formar. Através desse processo é que buscamos subsidiar a formação de profissionais que sejam intelectual competentes, capazes de lidar de forma crítica com as linguagens, nos contextos oral e escrito, conscientes de sua inserção na sociedade e das relações com o outro. Assim, o profissional de Língua deve ter domínio do uso das línguas portuguesa e inglesa em termos de sua estrutura, funcionamento e manifestações culturais, além de ter consciência das variedades lingüísticas e culturais. Deve ser capaz de refletir teoricamente sobre a linguagem, de fazer uso de novas tecnologias e de compreender sua formação profissional como processo contínuo, autônomo e permanente. O profissional deve, ainda, ter capacidade de reflexão crítica sobre temas e questões relativas aos conhecimentos lingüístico, literários e pedagógicos.

COMPETÊNCIAS

  • Assumir, através do domínio de técnicas pedagógicas, o papel de multiplicador, fomentando o surgimento do leitor crítico, em amplo sentido, e a transformação deste em produtor de textos;
  • Aplicar satisfatoriamente os conhecimentos da Língua Inglesa nas suas modalidades escrita e oral, em nível intermediário.
  • Dominar os fundamentos teóricos-metodológicos do ensino do inglês, como segunda língua, e também os métodos, as técnicas e atividades que possibilitem a aplicação de textos nas modalidades oral e escrita da língua.
  • Construir um repertório vasto da Literatura Inglesa, ampliando o horizonte de leituras para que possa identificar relações intertextuais com obras de literatura universal e perceba diferenças estruturais da Língua Inglesa nas produções dos diversos países.
  • Conhecer os fundamentos teórico-metodológicos de seleção, elaboração e organização do livro didático e paradidático, no ensino fundamental e médio para identificar as concepções de análise de registros e conteúdos que se desdobram nestas obras.

CONTEÚDOS

A PRÁXIS PEDAGÓGICA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Mudanças no Ensino de Língua Materna
Apropriação e domínio das modalidades oral e escrita da língua

A EXPRESSÃO LITERÁRIA COMO INSTRUMENTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
A redescoberta da Literatura Infanto-Juvenil e Adulta
Educação e literatura.

A LÍNGUA EM PERSPECTIVA SÓCIO-HISTÓRICA
Variação lingüística

CONSCIÊNCIA LINGÜÍSTICA DIANTE DA VARIAÇÃO E MUDANÇA
Variação e mudança versus norma-padrão e escola
A norma

A LÍNGUA ESCRITA E A LÍNGUA FALADA
Alguns elementos básicos da lingüística textual

O TEXTO: INSTRUMENTO DE INTERAÇÃO ENTRE FALANTES-OUVINTES-LEITORES-ESCRITORES.

PRÁTICA DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

INTRODUÇÃO À MORFOLOGIA
Estrutura das palavras
Formação e Classes de palavras

INTRODUÇÃO À SINTAXE

O sintagma
A gramática Tradicional

HABILIDADES

Leitura e produção de textos de diferentes gêneros, com vistas à eficiência na comunicação em língua escrita.

JUSTIFICATIVA

Na medida em que o escritor-leitor desenvolve a prática de leitura e produção de textos de diferentes gêneros, ele aprimora a sua competência comunicativa, usando adequadamente a língua para produzir um efeito de sentido pretendido numa dada circunstância. Como nossos estudantes estarão, posteriormente, no exercício de sua profissão, contribuindo com a formação de outros indivíduos, compreende-se que o domínio dos recursos para leitura crítica e produção textual é necessidade indiscutível na formação deste futuro profissional.

OBJETIVOS

Objetivo Geral:

  • Conhecer e utilizar os conceitos básicos de leitura, língua, linguagem e signos lingüísticos verbais e não-verbais para interpretação e análise crítica dos discursos orais e escritos, nos diversos tipos e gêneros textuais, aprimorando a competência comunicativa nessa modalidade da língua, compreendendo-a como geradora de significação e integração da organização do mundo e da própria identidade, para expressão de suas idéias através de textos.
  • Vivenciar os fatos reais e tornar o aluno mais consciente com relação à estrutura morfológica e sintática da língua portuguesa.
  • Tornar o educando mais consciente a respeito do processo de produção, recepção e processamento de textos.
Objetivos Específicos:

  • Conhecer as concepções de leitura, bem como as diversas estratégias para ler, interpretar e analisar textos criticamente.
  • Compreender os elementos da textualidade para a produção de textos coerentes e coesos.
  • Reconhecer as características dos gêneros textuais científicos e literários, a fim de produzir textos em diferentes modalidades.
  • Ensinar o aluno a analisar a estrutura da língua portuguesa.
  • Relacionar o ensino de morfologia e sintaxe com a produção textual.
  • Pensar sobre a utilidade de estudar morfologia e sintaxe da língua portuguesa.
  • Fazer repensar o conceito de classes de palavras e funções sintáticas da língua portuguesa.
  • Torná-lo crítico e reflexivo no que se refere ao ensino tradicional do português.
  • Capacitá-lo a transformar a prática de ensino.
  • Conscientizar o aluno quanto aos fatores externos à língua e ao texto que influenciam na sua produção.
  • Instruí-lo sobre os elementos que constituem a textualidade.
  • Identificar o que é um texto e suas diversas formas, bem como os mecanismos de construção possíveis a cada tipo de texto.
  • Torná-lo crítico e reflexivo no que se refere ao ensino tradicional do português, principalmente redação.
  • Capacitá-lo a transformar a prática de ensino.

METODOLOGIA

O desenvolvimento desse plano contará com a utilização de diversas mídias que atuarão de modo integrado no sentido de favorecer as diferentes formas de aprendizagem. A disciplina e as outras áreas do será pautado na concepção colaborativa de aprendizagem, contando com aulas transmitidas por data-show, atividades realizadas no ambiente de sala de aula, estudos e atividades individuais desenvolvida pelo aluno de forma individual. O modelo sistematiza e acompanhamento individualizado e mediação tecnológica, será o cenário para o desenvolvimento da autonomia de aprendizagem e formação da atitude investigativa constante.

AVALIAÇÃO

  • Avaliação de cunho formativo que permite a o educador acompanhar e favorecer a aprendizagem discente.
  • Tendo como foco a aprendizagem do aluno e comprometendo-se com seu desempenho e construção do saber, nos valemos de diferentes instrumentos de avaliação, a saber:
  • Avaliação através de todos os materiais escritos;
  • Avaliação presencial realizada na durante o período com a finalidade de auxiliar na consolidação dos conhecimentos construídos pelos alunos e favorecer ao aluno um mecanismo de recuperação na disciplina.  

REFERÊNCIAS


CAMARA JR., Joaquim Mattoso. Estrutura da língua portuguesa. São Paulo: Editora Vozes, 2004.

CARONE, Flávia de Barros. Morfossintaxe. São Paulo: Editora Ática, 2004.

FARACO, C. A. & TEZZA, C. Oficina de texto. 8. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.

FÁVERO, Leonor. Coesão e coerência textuais. 2 ed. São Paulo: Ática, 1995.

FIORIN, José Luiz; SAVIOLLI, Francisco Platão. Lições de texto: leitura e redação. São

FÁVERO, L. L. e I. Koch. (1983). Lingüística Textual: Introdução. São Paulo, Cortez

KEHDI, Valter. Morfemas do português. São Paulo: Editora Ática, 1996.

MARCUSCHI, Luiz A .. Lingüística de Texto: o que é e como se faz. UFPE. 1983.


MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Anna Christina (Org.). Introdução à lingüística 1: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2001.

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*Graduando do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental pela Universidade Estácio de Sá - UNESA (2014) e possui graduação em Licenciatura em Letras Português/Inglês duração plena pela FTC - Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana (2011), e Especialização em Administração Escolar, Supervisão e Orientação pela UNIASSELVI - Centro Universitário Leonardo da Vinci (2013).

VIVA O ENEM

Cláudia Schiedeck Soares de Souza*

A nova proposta do Ministério da Educação sobre a utilização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma unificada de ingresso às universidades repercute de forma bastante provocativa na sociedade brasileira. Talvez esse seja o primeiro mérito da proposta: colocar em discussão o acesso às Universidades Federais e, agora, também aos Institutos Federais. O novo Enem se apresenta e as pessoas começam a discutir, se mobilizar, se posicionar e questionar.

O cerne da proposta está na possibilidade de atingir um número maior de alunos e também facilitar o acesso às universidades públicas. Estamos falando em inclusão. Trabalhar com alunos que possuem todo o conhecimento é muito fácil. Por isso, muitos alunos que ingressam nas universidades públicas são oriundos de escolas privadas ou de cursinhos pré-vestibulares. O mais difícil é oferecer conhecimento àqueles que realmente não o tem. Esse deveria ser o papel de tais universidades. É claro que se pode entender que algumas delas, renomadas que são, tenham resistência à mudança, pois toda mudança desacomoda e nos confronta com o que estamos fazendo ao longo de anos.

Quem pode afirmar que os vestibulares tradicionais avaliam realmente o conhecimento dos nossos egressos do ensino médio? Existem dados confiáveis sobre isso? O vestibular é um teste padronizado, cujas questões, em muitos casos, estão longe de avaliar a real capacidade do aluno de resolver problemas. E ainda vou mais longe, acaba pautando o ensino. Como professores, somos obrigados a trabalhar com conteúdos e informações específicas que caem nas Universidades X e Y. Treinamos alunos para resolver questões objetivas e não para desenvolver raciocínio lógico.

Trabalhamos com informações, mas não fazemos nossos alunos produzirem conhecimento, o que é muito distinto. O novo Enem traz as duas coisas: a cobrança das informações, essencial, e uma nova formatação. Não se cobrará somente uma fórmula, mas o que esse aluno pode fazer com ela. Exemplo: um adolescente pode ler um mapa geográfico, perceber que ele é do Rio Grande do Sul, verificar onde estão os rios e os vales do estado. Contudo, se colocarmos como problema que ele encontre o caminho mais curto entre cidades do norte e do sul, provavelmente ele não conseguirá resolver, pois terá dificuldades em aplicar a informação e transformá-la em conhecimento.

O novo Enem não desmerece os profissionais que sempre se dedicaram à formulação de questões para os vestibulares. Muito pelo contrário: valoriza a profissão de professor que é a origem de todos eles, pois antes de serem formuladores de provas, eles são professores.

Nosso país carece de alunos com mais consistência e conhecimento. Não é o vestibular que deve trazer essa concepção, mas as licenciaturas que formam nossos professores. Antes de pensar nos vestibulares a academia precisa formar professores de qualidade. Se vestibular resolvesse essa questão, não teríamos avaliações tão baixas em exames internacionais. Portanto, viva o Enem, com sua nova concepção e com sua excelência.

*Reitora do Instituto Federal do Rio Grande do Sul

Fonte:http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/enemclaudia_140709.pdf 

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