sábado, 23 de dezembro de 2017
Professor Josuel Souza : A ÉTICA SOCRÁTICA
Professor Josuel Souza : A ÉTICA SOCRÁTICA: Alexsandro M. Medeiros A reflexão sobre os valores e preceitos morais aparece muito clara em um dos maiores pensadore...
Professor Josuel Souza : O QUE É ÉTICA E MORAL?
Professor Josuel Souza : O QUE É ÉTICA E MORAL?: No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos...
O QUE É ÉTICA E MORAL?
No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes
significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais
que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os
costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.
Fonte: https://www.significados.com.br/etica-e-moral/ e imagem do google.
A ÉTICA SOCRÁTICA
Alexsandro M. Medeiros
A reflexão
sobre os valores e preceitos morais aparece muito clara em um dos maiores
pensadores da antiguidade e um dos maiores filósofos de toda tradição
ocidental, a saber, Sócrates. É muito comum vermos o filósofo, interpretado nas
obras de seu discípulo Platão, indagando de seus concidadãos o que eles
consideravam ser a coragem, a justiça, a amizade, o amor, ou seja, princípios e
valores de ordem moral. Tais perguntas socráticas procuravam fazer o seu
interlocutor refletir nestas questões evidenciando assim o caráter
eminentemente filosófico da reflexão sobre os valores. Mas Sócrates não parava
por aí. Estes valores, que os atenienses chamavam (como nossa sociedade de uma
forma geral) de virtude, faziam com que Sócrates os interrogassem então para
saber o que é a virtude. E se Sócrates tivesse como resposta que a virtude é
agir em conformidade com o bem, então ele questionava, mas o que é o bem?
Sócrates
procurava de alguma forma indagar os cidadãos atenienses a respeito das
virtudes, sua essência, valor, obrigação. Como saber se uma conduta é boa ou
não, virtuosa ou reprovável? Por que o bem é uma virtude e o mal um erro? É
preferível ser justo ou injusto? Com estes questionamentos Sócrates forçava os
indivíduos a refletirem sobre si mesmos e suas próprias ações. Além disso, a
indagação ética socrática dirige-se não só ao indivíduo, mas também à
sociedade.
As
questões socráticas podem ser consideradas como fundamento da ética ou
filosofia moral porque procuram definir o campo no qual os valores morais podem
ser estabelecidos além de tentar encontrar seu ponto de partida que, para
Sócrates, é a própria consciência do agente moral. Assim, o sujeito ético,
diria Sócrates, é aquele que sabe o que faz, conhece as causas e os fins de sua
ação, a essência dos valores morais.
Sócrates
acreditava que existe um saber universalmente válido, que decorre do
conhecimento da essência humana – contrariamente aos Sofistas, que afirmavam
não existir normas e verdades universalmente válidas, isto é, uma concepção
relativista da ética. E é a partir do conhecimento da essência humana que se
pode conceber a fundamentação de uma moral universal. O que há de essencial no
ser humano é sua alma racional, sua psyché, seu espírito. Por isso, é na sua
alma racional e no seu espírito que se deve fundamentar as normas e os costumes
morais.
Só sei que
nada sei. É uma das frases mais conhecidas do filósofo grego que guarda nas
suas entrelinhas uma disposição moral digna de reflexão. A pior dar ignorâncias
é aquela que acredita saber o que na realidade nada sabe. Concretamente, é fato
que se torna muito difícil estabelecer qualquer tipo de diálogo com pessoas que
acreditam saber de tudo. Sua opinião é sempre a correta e, antes mesmo que você
termine de falar, ela já intervém para expor novamente sua opinião, que, ela
acredita, é a única verdadeira.
A questão
moral por trás desta disposição de espírito é que se as pessoas tivessem mais
consciência de sua própria ignorância seriam menos arrogantes e presunçosas,
vaidosas e orgulhosas do seu próprio saber, não se acreditando ser mais do que
se é. Ademais, a arrogância e a presunção não tornam a convivência entre as
pessoas difícil apenas na área pessoal mas também na área profissional. Isto se
torna um problema quando eu não tenho condições de aceitar ideias novas,
advindas de um subalterno, por achar que ele pode estar simplesmente querendo
tomar o meu lugar. Então, ao invés de escutar suas ideias, minha mente fica
bloqueada pelo “perigo” que ele pode me causar, caso suas ideias sejam aceitas.
Fonte: Leia mais:
http://www.portalconscienciapolitica.com.br/products/a-etica-socratica/
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