AS CONTRIBUIÇÕES DE PIAGET E VYGOSTSKY
Beatriz Santomauro
bsantomauro@fvc.org.br
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Nos anos 1980, Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, autoras
do livro Psicogênese da Língua Escrita, apresentaram resultados de suas
pesquisas sobre a alfabetização, mostrando que o aluno constrói hipóteses sobre
a escrita e também aprende ao reorganizar os dados que têm em sua mente. Em
seguida, as pesquisas de didática da leitura e escrita produziram conhecimentos
sobre o ensino e a aprendizagem desses conteúdos.
Hoje, a tendência propõe que certas atividades sejam feitas
diariamente com os alunos de todos os anos para desenvolver habilidades
leitoras e escritoras. Entre elas, estão a leitura e escrita feita pelos
próprios estudantes e pelo professor para a turma (enquanto eles não
compreendem o sistema de escrita), as práticas de comunicação oral para
aprender os gêneros do discurso e as atividades de análise e reflexão sobre a
língua.
A leitura, coletiva e individualmente, em voz alta ou baixa, precisa fazer
parte do cotidiano na sala. "O mesmo acontece com a escrita, no convívio
com diferentes gêneros e propostas diretivas do professor. O propósito maior
deve ser ver a linguagem como uma interação", explica Francisca Maciel,
diretora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), em Belo
Horizonte.
O desenvolvimento da linguagem oral, por sua vez, apesar de ainda pouco
priorizado na escola, precisa ser trabalhado com exposições sobre um conteúdo,
debates e argumentações, explanação sobre um tema lido ou leituras de poesias.
"O importante é oferecer oportunidades de fala, mostrando a adequação da
língua a cada situação social de comunicação oral".
Por esse entendimento da leitura, da escrita e da oralidade, mudam os objetivos da Educação. "Considerar que o objeto de ensino se constrói tomando como referência as práticas de leitura e escrita supõe determinar um lugar importante para o que os leitores e escritores fazem, supõe conceber como conteúdos fundamentais do ensino os comportamentos do leitor, os comportamentos do escritor", diz Delia Lerner no livro Ler e Escrever na Escola, O Real, o Possível e o Necessário.
Para que a aprendizagem seja efetiva, a intenção do educador deve ser a de extrapolar as situações de escrita puramente escolares e remeter às práticas sociais. Dessa forma, possibilita-se aos alunos o contato com gêneros que existem na vida real - e não propor a elaboração de redações escolares sem contexto. "A proficiência do aluno requer a aprendizagem não apenas dos conteúdos gramaticais mas também dos discursivos", diz Kátia.
Por esse entendimento da leitura, da escrita e da oralidade, mudam os objetivos da Educação. "Considerar que o objeto de ensino se constrói tomando como referência as práticas de leitura e escrita supõe determinar um lugar importante para o que os leitores e escritores fazem, supõe conceber como conteúdos fundamentais do ensino os comportamentos do leitor, os comportamentos do escritor", diz Delia Lerner no livro Ler e Escrever na Escola, O Real, o Possível e o Necessário.
Para que a aprendizagem seja efetiva, a intenção do educador deve ser a de extrapolar as situações de escrita puramente escolares e remeter às práticas sociais. Dessa forma, possibilita-se aos alunos o contato com gêneros que existem na vida real - e não propor a elaboração de redações escolares sem contexto. "A proficiência do aluno requer a aprendizagem não apenas dos conteúdos gramaticais mas também dos discursivos", diz Kátia.
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