terça-feira, 11 de junho de 2013

INCLUSÃO OU EXCLUSÃO

INCLUSÃO OU EXCLUSÃO





        Nas diferentes áreas do conhecimento estamos diante de grandes transformações educacionais com as mudanças nos parâmetros curriculares nacionais, na legislação referente à acessibilidade à escola, mudanças na obrigatoriedade do ensino, na fundação de um ou outro tipo de escola. Existe o direito universal à educação e à escola para todos os brasileiros, assim como as escolas brasileiras têm a obrigatoriedade legal de acolher a todos. Entretanto, se existe alguma coisa que pode ser nomeada como mudança no cenário atual da educação, isso não se refere apenas à nomenclatura, nem somente à legislação.

        Esta mudança relaciona-se com a Inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência física. Várias questões surgem nessa perspectiva, dentre as quais se salienta a avaliação em tempos de educação inclusiva. Bem, conforme o texto estudado deixa claro que a Secretaria Municipal de Educação faz um levantamento desses educandos e, define qual precisa de apoio da educadora formada ou especialista na área. Os gestores municipais precisam entender que a educação de pessoas com essas necessidades especiais existem e vão continuar existindo e, necessitando cada vez mais de atendimento e soluções de incluir os mesmos na sociedade.

        Com tudo, tem que haver a disposição da SEMED, uma equipe de educadores formada em Educação Especial, fazendo a triagem de alunos especiais nas escolas municipais e, a partir dessas tomadas de decisões, cada equipe de professores ficam com as escolas determinada a cada equipe/problemas existentes naquele local. Como citado acima à inclusão do aluno com necessidade especial desse caso, que tem 14 anos idade mental de seis anos, ocorreria de maneira clara e objetiva tanto para os professores e pais do aluno.

        A aceitação das diferenças entre as pessoas inclui a preocupação com o outro, o respeito, o reconhecimento, a tolerância. Parece existir certo consenso acerca da idéia de que já não há um único modo de compreender o que é a educação, nem como a escola deve lidar com os alunos com necessidades educativas especiais, assim como definir quais são os paradigmas e modelos de uma postura inclusiva. Foi o que aconteceu com o aluno em questão, a orientadora, então, entrou em contato com a escola de procedência que relutou e disse que iria passar um relatório do aluno. Após várias ligações feitas pela Diretora da escola que cobrou da mesma, ela pediu sigilo e que não daria o relatório.

        A educação inclusiva permite lançar o olhar para múltiplas direções. A coordenadora parece que viu é ouviu o que não gostou. O que ocorre em nossos tempos é que alguns alunos com necessidades especiais são diferentes umas das outras e até aqui ignoradas, ou ocultas. Então, o que a escola deve fazer nesses casos é ir à procura da psicopedagoga e da neurologia que dará o atendimento a esses alunos e fará o diagnostico correto, foi o que a escola de maneira correta e eficiente fez do determinado aluno.

        Depois de ter feito os encaminhamentos necessário e com um relatório em mãos, a partir daí foi marcada uma reunião com os pais e professores. O que não tira a irresponsabilidade da Unidade de Ensino que não fez um acompanhamento desse aluno. Outro ponto importante e que nós não poderíamos deixar de relatar foi o comportamento de umas das professoras. Para chegar a esse ponto de agressão física imagine qual seria o local em que esse aluno estava e com quem seria o relacionamento dele dentro do espaço escolar, será que todos os alunos. A uma serie de problemas que leva o aluno com deficiência física ou mental agir de forma agressiva.

        Entretanto, ainda permanece o discurso de que algumas crianças que apresentam dificuldades para aprender não deveriam estar na escola, ou nas mesmas classes do que aquelas que não apresentam dificuldades para aprender. A falta de sensibilidade é o maior entrave relacionado a esses alunos com necessidades. Esse aluno em questão queria um olhar de todos da Instituição de Ensino de igualdade. Deveriam chamar os pais e passar o que realmente estava  acontecendo, sem precisar do Conselho Tutelar.

         Depois de ter tentado solucionar o problema e se não tivemos resposta positiva, ai poderia chamar o Conselho Tutelar e tomar algumas decisões cabíveis. Com tudo à direção da Unidade Escolar em questão, foi precipitada mais uma vez quando afirma que não faria relatório algum e, quando a escola precisou do Conselho Tutelar para resolver a situação da melhor maneira e em conjunto, este não deu atenção. Com isso a escola deixa de interagir com um mecanismo importante e de fundamental importância para que a Gestão democrática aconteça. A gestão só vai acontecer quando os portadores de necessidades educativas especiais passam a ser vistos como cidadãos, com direitos e deveres de participação na sociedade.

         A educação de pessoas portadoras de necessidades educativas especiais trilhou um caminho que, em uma fase inicial foi eminentemente assistencial, até chegar ao que hoje se denomina de educação inclusiva. No Brasil, mudanças começaram a ocorrer na nomenclatura: de "alunos excepcionais" evoluiu para "alunos com necessidades educativas especiais", o que ocorreu em 1986, pela Portaria CENESP/MEC, nº 69 (BRASIL, 1986), ainda que efetivamente não houvesse um avanço expressivo na inserção destes alunos no ensino regular.

        Essa seria a atitude da escola para onde ele foi transferido. Esse aluno a aluno como relatado na carta, se mostra tranquilo, faz as atividades, já lê algumas coisas, interage bem com o grupo de alunos. Mas, há um ponto negativo nessa história toda que estes professores ignorarem esse educando. Como incluir alguém se o mesmo é excluído. Essas considerações remetem-nos a lançar outros olhares, talvez menos vigilantes, que tenham de inverter a discussão, fazendo do normal, da norma o problema que deve ser colocado em questão. Em quanto educadores devemos nos perguntar se estamos fazendo nosso papel de maneira clara e objetiva, se estamos incluindo ou excluindo nossos alunos do processo normal e que ele enfrente a sociedade.


 REFERENCIA


BRASIL. Congresso. Câmara dos Deputados. Declaração universal dos direitos humanos, 1948-1978. Brasília, DF, 1998a.     

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  MESTRADO PROFISSIONAL CAPES aprova primeira proposta com parte do curso em EaD Projeto tem atividades presenciais e número adequado de alu...