Beatriz Santomauro
bsantomauro@fvc.org.br
Revista Nova Escola
Leitura pelo professor,
só para quem não sabe;
"Em
geral, o professor lê para as turmas até a 2ª ou 3ª série. Para os mais velhos,
pensa: se eles já sabem ler, não precisam mais de mim", exemplifica
Cristiane Pelissari, selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. Na
verdade, a atividade é importante sempre e em todas as idades. "Ao ler, o
professor apresenta o material e o recomenda. Isso explicita quais os critérios
de apreciação utilizados, oferecendo referências a respeito deles",
esclarece Kátia Bräkling.
Lê antes, ganha livro depois;
Por muito tempo, acreditou-se
que o contato com os livros deveria acontecer quando a criança já tivesse o
domínio da leitura. "Se não sabe ler, não vai entender nem aproveitar o
livro. Mas, se aprender, ganha um título como prêmio", dizia-se. Hoje, no
entanto, sabe-se que é com o contato com textos que o aluno estabelece as
relações que podem desenvolver comportamentos leitores e ajudar os estudantes a
compreender a sua função comunicativa.
Fala errado, escreve mal;
É certo que o conhecimento
linguístico e a competência escritora causam um impacto na fala. Mas a relação
entre ambas as habilidades não é tão estreita assim a ponto de se afirmar que
quem fala mal escreve com dificuldade. Como a escrita não é a transcrição da
fala, para produzir bons textos é preciso praticar, conhecer e se apropriar
dela.
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