Atualizado em 27 de novembro, 2012 - 09:52 (Brasília) 11:52 GMT
O
Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking global de educação que comparou
40 países levando em conta notas de testes e qualidade de professores, dentre
outros fatores.
A
pesquisa foi encomendada à consultoria britânica Economist Intelligence Unit
(EIU), pela Pearson, empresa que fabrica sistemas de aprendizado e vende seus
produtos a vários países.
Em
primeiro lugar está a Finlândia, seguida da Coreia do Sul e de Hong Kong.
Os
40 países foram divididos em cinco grandes grupos de acordo com os resultados.
Ao lado do Brasil, mais seis nações foram incluídas na lista dos piores
sistemas de educação do mundo: Turquia, Argentina, Colômbia, Tailândia, México
e Indonésia, país do sudeste asiático que figura na última posição.
Os
resultados foram compilados a partir de notas de testes efetuados por
estudantes desses países entre 2006 e 2010. Além disso, critérios como a
quantidade de alunos que ingressam na universidade também foram empregados.
RANKING PEARSON-EIU
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1.
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Finlândia
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2.
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Coreia
do Sul
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3.
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Hong
Kong
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4.
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Japão
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5.
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Cingapura
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6.
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Grã-Bretanha
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7.
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Holanda
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8.
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Nova
Zelândia
|
9.
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Suíça
|
10.
|
Canadá
|
11.
|
Irlanda
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12.
|
Dinamarca
|
13.
|
Austrália
|
14.
|
Polônia
|
15.
|
Alemanha
|
16.
|
Bélgica
|
17.
|
Estados
Unidos
|
18.
|
Hungria
|
19.
|
Eslováquia
|
20.
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Rússia
|
21.
|
Suécia
|
22.
|
República
Tcheca
|
23.
|
Áustria
|
24.
|
Itália
|
25.
|
França
|
26.
|
Noruega
|
27.
|
Portugal
|
28.
|
Espanha
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29.
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Israel
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30.
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Bulgária
|
31.
|
Grécia
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32.
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Romênia
|
33.
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Chile
|
34.
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Turquia
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35.
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Argentina
|
36.
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Colômbia
|
37.
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Tailândia
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38.
|
México
|
39.
|
Brasil
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40.
|
Indonésia
|
Para
Michael Barber, consultor-chefe da Pearson, as nações que figuram no topo da
lista valorizam seus professores e colocam em prática uma cultura de boa
educação. Ele
diz que no passado muitos países temiam os rankings internacionais de
comparação e que alguns líderes se preocupavam mais com o impacto negativo das
pesquisas na mídia, deixando de lado a oportunidade de introduzir novas
políticas a partir dos resultados.
Dez
anos atrás, no entanto, quando pesquisas do tipo começaram a ser divulgadas
sistematicamente, esta cultura mudou, avalia Barber. "A
Alemanha, por exemplo, se viu muito mais abaixo nos primeiros rankings Pisa
[sistema de avaliação europeu] do que esperava. O resultado foi um profundo
debate nacional sobre o sistema educacional, sérias análises das falhas e aí
políticas novas em resposta aos desafios que foram identificados. Uma década
depois, o progresso da Alemanha rumo ao topo dos rankings é visível para
todos".
No
ranking da EIU-Person, por exemplo, os alemães figuram em 15º lugar. Em
comparação, a Grã-Bretanha fica em 6º, seguida da Holanda, Nova Zelândia,
Suíça, Canadá, Irlanda, Dinamarca, Austrália e Polônia.
Cultura
e impactos econômicos
Tidas
como "super potências" da educação, a Finlândia e a Coreia do Sul
dominam o ranking, e na sequência figura uma lista de destaques asiáticos, como
Hong Kong, Japão e Cingapura. Alemanha,
Estados Unidos e França estão em grupo intermediário, e Brasil, México e
Indonésia integram os mais baixos. O
ranking é baseado em testes efetuados em áreas como matemática, ciências e
habilidades linguísticas a cada três ou quatro anos, e por isso apresentam um
cenário com um atraso estatístico frente à realidade atual.
Mas
o objetivo é fornecer uma visão multidimensional do desempenho escolar nessas
nações, e criar um banco de dados que a Pearson chama de "Curva do Aprendizado".
Ao
analisar os sistemas educacionais bem-sucedidos, o estudo concluiu que
investimentos são importantes, mas não tanto quanto manter uma verdadeira
"cultura" nacional de aprendizado, que valoriza professores, escolas
e a educação como um todo. Daí
o alto desempenho das nações asiáticas no ranking. Nesses
países o estudo tem um distinto grau de importância na sociedade e as
expectativas que os pais têm dos filhos são muito altas.
Comparando
a Finlândia e a Coreia do Sul, por exemplo, vê-se enormes diferenças entre os
dois países, mas um "valor moral" concedido à educação muito
parecido. O
relatório destaca ainda a importância de empregar professores de alta
qualidade, a necessidade de encontrar maneiras de recrutá-los e o pagamento de
bons salários. Há
ainda menções às consequências econômicas diretas dos sistemas educacionais de
alto e baixo desempenho, sobretudo em uma economia globalizada baseada em
habilidades profissionais.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/11/121127_educacao_ranking_eiu_jp.shtml
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