quinta-feira, 22 de setembro de 2016

ESPECIALISTAS PEDEM CAUTELA NA REFORMA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

Acadêmicos, cientistas e pesquisadores pedem cautela na unificação das 13 disciplinas do ensino médio público nacional em quatro grandes áreas do conhecimento - anunciada recentemente pelo Ministério da Educação (MEC). Pela proposta, prevista para vigorar a partir do próximo ano, as disciplinas serão integradas em ciências humanas, ciências da natureza, linguagem e matemática.
Temendo eventuais frustrações, a maioria dos especialistas, ouvidos pelo Jornal da Ciência, critica a proposta do ministério por ser "precipitada" e sugere a criação de um debate na sociedade a fim de aperfeiçoar o projeto e apresentar solução para os problemas crônicos do ensino médio nacional. Eles entendem que a integração das disciplinas não seria a saída para melhorar "a péssima" qualidade da educação básica do País.
Procurado, o Ministério da Educação informou que tal proposta já foi discutida com a sociedade, sobretudo com secretários estaduais de educação; e discordou de que a proposta busque integrar ou eliminar qualquer disciplina. O que está em curso, segundo o secretário de Educação Básica do MEC, Cesar Callegari, é o que chamou de processo de "articulação" de disciplinas com outras áreas do conhecimento, o qual será elaborado pelo sistema estadual de educação baseado nas orientações do ministério.
Já os especialistas temem que o ensino médio fique mais genérico e prejudique os alunos, principalmente os menos favorecidos que não podem estudar em escolas privadas.  "A impressão que se tem é a de que, para evitar o problema de evasão escolar, querem baixar medidas sem enfrentar as causas mais profundas do ensino médio", alerta o físico Luiz Davidovich, diretor da Academia Brasileira de Ciências (ABC), também professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Reforçando tal posição, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF), Ronald Shellard, considera a proposta do MEC "um desastre para o País". Shellard alerta que países desenvolvidos, como a Inglaterra, experimentaram unificar as disciplinas do ensino médio sem sucesso. "A sorte é que eles têm mecanismos rápidos para reverter uma decisão dessa magnitude", observou.
Contrariedade - Pelo que entendem os especialistas, a iniciativa do MEC contraria as novas diretrizes do ensino médio aprovadas pelo Conselho Nacional da Educação (CNE) em maio de 2011 e que foram estabelecidas na Resolução nº 2 publicada em janeiro deste ano.
Conforme as normas aprovadas pelo colegiado do CNE, os componentes curriculares devem ser organizados em quatro blocos, garantindo a permanência das 13 disciplinas. Isto é, Linguagens, reunindo as disciplinas de línguas portuguesa, materna para populações indígenas e estrangeira moderna; arte - em suas diferentes linguagens (ciências, plásticas e musical) e educação física.
Outro bloco é matemática, sozinha. Há também o bloco ciências da natureza que reúne biologia, física e química. Outro é ciências humanas que abrange as disciplinas de história, geografia, filosofia e sociologia.
Manobra - Na avaliação do presidente da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), Vitor Francisco Ferreira, a proposta do MEC de integração das disciplinas do ensino médio sinaliza uma manobra em uma tentativa de "resolver a falta de profissionais" no País. Conforme Ferreira, o governo deveria implementar a unificação das disciplinas, apenas, a partir do momento em que for realizado um estudo metodológico capaz de mostrar que esse modelo seria melhor do que o atual. "Teria de haver uma discussão com a sociedade", recomendou Ferreira, também professor da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Generalidade - Bernardete Gatti, pesquisadora colaboradora da Fundação Carlos Chagas (FCC), com grande experiência na área educacional, acredita que a tendência é de que o ensino médio fique mais genérico e prejudicado diante da integração das disciplinas. "O MEC, ao invés de atacar o problema principal que é a de formação de professores, inventa mais uma moda", disse Bernardete que chamou de "modismo" a integração das disciplinas.
Com a mesma opinião, Jailson Bitencourt de Andrade, professor titular do Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse ser "temerário" mudar primeiro o currículo para ajustá-lo depois. "Sou favorável à inovação e às novas iniciativas, mas essa decisão, no mínimo, é precipitada", acrescentou Andrade, ex-conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e ex-presidente da SBQ.
Referência internacional - Em defesa da valorização do magistério, Andrade enalteceu o programa do governo dos Estados Unidos, lançado no início deste semestre, o qual apoia o ensino fundamental em uma tentativa de recuperar a perda de competitividade dos estudantes norte-americanos em relação aos asiáticos, principalmente. No programa norte-americano, Andrade destacou os investimentos de US$ 1 bilhão para a criação de forças de trabalho a fim de melhorar o ensino fundamental; e o adicional de US$ 20 mil ao ano ao salário dos professores do ensino fundamental.
A presidente da SBPC, Helena Nader, também se mostrou contrária à unificação das disciplinas. "Ainda que o conhecimento seja integrado, o estudo tem de ser dado de forma desintegrada porque em algum momento haverá necessidade de se ter todas as bases para formar o conhecimento integral", avaliou Helena, reconhecendo que o Brasil  vem se esforçando, desde 2009, para formar professores qualificados para o ensino básico, em geral, principalmente pelos programas da Capes.
O ideal, sugeriu Helena, seria desenvolver temas no ensino médio que possam interagir com todas as áreas do conhecimento, sem a integração, de tal forma que o estudante possa entender a relação dos temas com cada disciplina. Ela exemplifica: "Se o tema for água, o estudante pode estudar a ligação da química com a água, estudar as relações da água com a física, com a matemática, com a geografia, com história e a sociologia".
Outro lado - O secretário de Educação Básica do MEC, Cesar Callegari, discorda de  que a intenção do ministério seja de eliminar ou integrar qualquer disciplina do ensino médio. Nesse caso ele defende que cada disciplina tem sua base epistemológica (filosofia do conhecimento) própria, tem linguagem própria e, portanto, deve ser respeitada.
O que está em curso, explica Callegari, é a criação de ambientes para viabilizar a "articulação entre as diferentes disciplinas", medida que, na opinião dele, representa um avanço por constituir uma "boa" orientação para os sistemas estaduais de ensinos.
Callegari discorda também de que as propostas do MEC tenham sido elaboradas sem a realização de um debate. "As diretrizes avançadas representam a síntese de um longo e profundo debate nacional conduzido pelo CNE durante o processo de elaboração", disse ele, citando, além de membros do CNE, os secretários estaduais de educação, conselhos estaduais de educação e representantes de universidades. Nesse contexto, cientistas confirmam que as novas diretrizes para o ensino médio do CNE foram construídas a partir de um debate com a sociedade, o que não pode se dizer das propostas do MEC.
Conjunto de medidas - Callegari faz questão de destacar que a chamada "articulação entre as diferentes disciplinas" virá acompanhada de um conjunto de ações. Dentre as quais a produção de livros e de material didático articulados, ampliação do Programa Ensino Médio Inovador (Proemi), iniciado em 2009 e presente hoje em cerca de 2 mil escolas nacionais, e que servirá de base para a modernização do currículo do ensino médio público; e ampliação das linhas para formação continuada de professores.
Medidas insuficientes - Tais medidas são consideradas insuficientes. O que deve ser considerado prioridade no ensino médio, segundo um professor de matemática da Universidade de São Paulo (USP), que não quis ser identificado, são investimentos pesados na qualificação de professores que possam preparar os alunos antes do ingresso nas universidades, a redução do número de estudantes por sala de aula de 45, em média, para 25, em média; e reajuste salarial do magistério. A fonte sugere também viabilizar a importação de professores estrangeiros principalmente da Europa, onde há forte desemprego em razão da crise econômica, em uma tentativa de reduzir o déficit de profissionais qualificados no País.
Já o acadêmico Isaac Roitman, professor da Universidade de Brasília (UnB) - que comparou o atual modelo de ensino médio nacional a uma "tragédia" - considera prioridade identificar os objetivos da educação básica no geral, tanto do ensino médio como o do fundamental. Para ele, é importante traçar os passos que os estudantes devem dar após a conclusão de cada grau de escolaridade.
"Hoje o indivíduo que conclui o ensino médio não está habilitado a nada. É apenas um generalista não preparado para o mercado de trabalho", destacou Roitman, membro titular da ABC e coordenador do Grupo de Trabalho de Educação da SBPC.
Outro ponto criticado por Roitman é o processo pedagógico, que segundo ele, também precisa de mudanças. "O conhecimento caminha numa velocidade rápida e a pedagogia, desde o ensino infantil, precisa desafiar os alunos a pensar, a refletir, a contestar, a criar, a transgredir", destacou Roitman.
Livros didáticos articulados - Além de considerar precipitada a unificação das disciplinas do ensino médio, a professora Lisbeth Kaiserlian Cordani, conselheira da SBPC, considera também prematuras as metas do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2015 as quais preveem a distribuição de livros e material didáticos articulados com outras áreas do conhecimento.
"É impossível atingir a meta. O Brasil não tem escritores para escrever esses livros e não estão explícitos os possíveis escritores e atores que poderão contemplar a interdisciplinaridade de textos para o ensino básico", alertou.
Exceções - Dentre os especialistas ouvidos pelo Jornal da Ciência, a exceção é do acadêmico Roberto Leal Lobo e Silva Filho, professor titular aposentado do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) que considerou positiva a integração das disciplinas do ensino médio. Ele considera negativa a pulverização de disciplinas e avalia que a falha na educação brasileira é a ausência de ligação do ensino com a prática. "Temos de acabar com o decoreba de definição da definição".
Com o tema em pauta, o Jornal da Ciência publica na edição de amanhã (27) a análise de especialistas sobre a proposta do MEC que, segundo eles, deve ampliar o déficit de docentes qualificados nas áreas de física, química e matemática. Será publicada também a avaliação de secretários estaduais de educação.

(Viviane Monteiro - Jornal da Ciência)

Fonte: Jornal da Ciência

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

CONDIÇÕES PARA O SURGIMENTO DA FILOSOFIA

A Grécia (Hélade) nada mais foi do que um conjunto de cidades-Estados (Pólis) que se desenvolveram na Península Balcânica no sul da Europa. Por ser seu relevo montanhoso, permitiu que grupos de pessoas (Demos) fossem formados isoladamente no interior do qual cada Pólis desenvolveu sua autonomia.

Constituída de uma porção de terras continental e outra de várias ilhas, bem como também em virtude da pouca fertilidade dos seus solos, a Grécia teve de desenvolver o comércio como principal atividade econômica. Assim, e aproveitando-se do seu litoral bastante recortado e com portos naturais, desenvolveu também a navegação para expandir os negócios, bem como mais tarde sua influência política nas chamadas colônias.

A sociedade grega era organizada segundo o modelo tradicional aristocrático, baseado nos mitos (narrativas fabulosas sobre a origem e ordem do universo), em que a filiação à terra natal (proprietários) determinava o poder (rei).

Esse modo de estruturar a sociedade e pensar o mundo é comumente classificado como período Homérico (devido a Homero, poeta que narra o surgimento da Grécia a partir da guerra de Troia). Mas com o tempo, algumas contradições foram sendo percebidas e exigiram novas explicações. Surge, então, a Filosofia. Eis os principais fatores que contribuíram para o seu aparecimento:

  1. As viagens marítimas, pois o impulso expansionista obrigou os comerciantes a enfrentarem as lendas e daí constatarem a fantasia do discurso mítico, proporcionando a desmitificação do mundo (como exemplo, os monstros que os poetas contavam existir em determinados lugares onde, visitados pelos navegadores, nada ali encontravam);
  2. A construção do calendário que permitiu a medição do tempo segundo as estações do ano e da alternância entre dia e noite. Isso favoreceu a capacidade dos gregos de abstrair o tempo naturalmente e não como potência divina;
  3. O uso da moeda para as trocas comerciais que antes eram realizadas entre produtos. Isso também favoreceu o pensamento abstrato, já que o valor agregado aos produtos dependia de uma certa análise sobre a valoração;
  4. A invenção do alfabeto e o uso da palavra é também um acontecimento peculiar. Numa sociedade acostumada à oralidade dos poetas, aos poucos cai em desuso o recurso às imagens para representar o real e surge, como substituto, a escrita alfabética/fonética, propiciando, como os itens acima, um maior poder de abstração;

A palavra não mais é usada como nos rituais esotéricos (fechados para os iniciados nos mistérios sagrados e que desvendavam os oráculos dos deuses), nem pelos poetas inspirados pelos deuses, mas na praça pública (Ágora), no confronto cotidiano entre os cidadãos;

  1. O crescimento urbano é também registrado em virtude de todo esse movimento, assim como o fomento das técnicas artesanais e o comércio interno, as artes e outros serviços, características típicas das cidades;
  2. A criação da Política que faz uso da palavra para as deliberações do povo (Demo) em cada Pólis (por isso, Democracia ou o governo do povo), bem como exige que sejam publicadas as leis para o conhecimento de todos, para que reflitam, critiquem e a modifiquem segundo os seus interesses.

As discussões em assembleias (que era onde o povo se reunia para votar) estimulava o pensamento crítico-reflexivo, a expressão da vontade coletiva e evidencia a capacidade do homem em se reconhecer capaz de vislumbrar a ordem e a organização do mundo a partir da sua própria racionalidade e não mais nas palavras mágico-religiosas baseadas na autoridade dos poeta inspirados. Com isso, foi possível, a partir da investigação sistemática, das contradições, da exigência de rigor lógico, surgir a Filosofia.
Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

CABRAL, João Francisco Pereira. "Condições para o surgimento da Filosofia";Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/condicoes-historicas-surgimento-filosofia.htm>. Acesso em 29 de janeiro de 2016.

Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/condicoes-historicas-surgimento-filosofia.htm

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

REAJUSTE DO PISO SALARIAL DOS PROFESSORES 2016

reajuste do piso salarial dos professores 2016 que trabalham em escolas públicas em regime de 40 horas semanais foi confirmado pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Veja logo abaixo o novo piso nacional para 2016:

Para 2016 o piso salarial dos professores será de R$ 2.135,64. Portanto o aumento será de 11,36% e o salário base passa de R$ 1.917,78 para R$ 2.135,64. Lembrando que esse valor é para professores com jornada de trabalho de 40 horas semanais.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante enfatizou que esse aumento é um pouco maior do que a inflação pelo IPCA no ano de 2015 que foi de 10,67% e que portanto estados e municípios não podem reclamar que o aumento irá onerar as contas dos estados e municípios.

Segundo o ministro, “Seguramente foi um dos melhores crescimentos salariais para todas as categorias” pois entre 2009 e 2015, o crescimento real para o piso salarial dos professores foi de 46% acima da inflação, disse.

Vale lembrar que grande parte dos estados e municípios ainda não pagam o piso salarial nacional para os professores. Esperamos que em 2016 esse quadro mude e o Ministérios Públicos exijam do poder público o cumprimento da lei na íntegra, pois a categoria merece muito mais do que esse aumento de 11,36$ e esse salário de R$ 2.135,64.

Veja abaixo a entrevista do ministro com o anúncio do piso salarial dos professores para 2016:




Fonte: http://www.pisosalarial.com.br/salarios/piso-salarial-professores/

OAB CERTIFICA 139 CURSOS DE DIREITO COM SELO DE QUALIDADE; VEJA LISTA

13/01/2016 06h40 - Atualizado em 14/01/2016 17h50
Seleção considerou alunos aprovados em exames da OAB e notas do MEC.

Dos cursos recomendados, 78 são de faculdades públicas e 61 de privadas.

Renan Ramalho. Do G1, em Brasília


A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entregou na manhã desta quarta-feira (13) um "selo de qualidade" a 139 cursos de direito de todo o país que a entidade destaca pelo nível de ensino oferecido (veja abaixo a lista completa por estado ao final desta reportagem). 

Em sua quinta edição, o "Recomenda OAB" selecionou as faculdades com base no índice de aprovação de seus alunos nos exames da Ordem que possibilitam ao bacharel exercer a profissão de advogado e também no conceito obtido pelas escolas no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), do Ministério da Educação (MEC), que avalia o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos ensinados nos cursos.


Atualmente, existem no país 1.266 cursos de direito registrados no MEC. Desses, 1.071 foram avaliados pela OAB, que exige a participação de uma média mínima de 20 alunos presentes nos quatro exames anteriores.


Das 139 faculdades selecionadas, 78 são públicas e 61 privadas. Desde 2001, quando o selo foi entregue pela primeira vez, cresceu o número de instituições recomendadas pela Ordem. Naquele ano, somente 52 receberam a certificação. Na última edição, de 2011, foram 89.


A OAB não divulga um ranking das faculdades, mas uma lista "horizontal", com a premiação das instituições "exemplares que consideram a qualidade como parâmetro maior".


Segundo o presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, "o significado da premiação não consiste em estabelecer preferências, mas sim uma concepção de regularidade de desempenho".
"Por meio de ações como o selo de qualidade, a OAB Nacional busca incentivar melhorias nos projetos pedagógicos e na estrutura dos cursos jurídicos existentes, a fim de proporcionar a formação de profissionais comprometidos com uma efetiva atuação jurídica na promoção e defesa dos direitos e garantias constitucionais", escreveu Coêlho em artigo sobre o prêmio.


O selo de qualidade foi entregue na manhã desta quarta a reitores e representantes das faculdades em cerimônia com a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.


'Acadêmicos completos'


Na cerimônia de entrega do selo, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, afirmou que a formação do advogado atualmente exige o ensino de uma “visão humanística” do direito e também uma experiência prática na área.


“Não basta a leitura dos códigos, não basta a leitura de manuais ou apostilas para formar um bacharel do direito pleno. É preciso que as faculdades de direito e universidades formem acadêmicos completos em sua área. Alguém que tenha antes de tudo visão humanística do direito […] O advogado formado meramente a partir de leitura de manuais e apostilas, sem que tenha mergulhado na atividade concreta, será um advogado pela metade”, afirmou o ministro.

Também presente no evento, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, lembrou do esforço da pasta em conjunto com a OAB para qualificação dos cursos de direito e depois saudou o selo conferido pela entidade.

“O MEC tem seu critério de avaliação dos cursos, que são o Sinaes [Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior], as notas de 1 a 5 com todas as suas exigências, mas confiamos integralmente que queremos aprimorar o Enade, mas é inegável que estabelecer um selo de qualidade é uma orientação a mais para os estudantes que vão fazer o direito. […] Nós temos o nosso selo, mas o de vocês vale e vale muito”, afirmou.

As 139 faculdades

Veja abaixo a lista completa, por estado, das faculdades certificadas:

Acre

Universidade Federal do Acre - Ufac

Alagoas

Universidade Federal de Alagoas - Ufal

Amapá

Universidade Federal do Amapá - Unifap

Amazonas

Universidade do Estado do Amazonas - 
UEA
Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Bahia

Universidade do Estado da Bahia - UNEB
Faculdade Nobre de Feira de Santana - FAN
Universidade Estadual de Feira de Santana - 
UEFS
Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
Universidade do Estado da Bahia - UNEB (em Juazeiro)
Faculdade Baiana de Direito e Gestão
Universidade do Estado da Bahia - UNEB
Universidade Federal da Bahia - 
UFBA
Universidade Salvador - UNIFACS - Campus Iguatemi
Universidade do Estado da Bahia - UNEB (em Salvador)
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB

Ceará

Universidade Regional do Cariri - Urca
Centro Universitário Christus
Faculdade Farias Brito - FTB
Faculdade Sete de Setembro - FA7
Universidade Federal do Ceará - 
UFC
Universidade Estadual do Vale do Acaraú - 
UVA

Distrito Federal

Centro Universitário de Brasília - Uniceub
Centro Universitário do Distrito Federal - UDF
Faculdade Processus - PFD - Campus I
Universidade de Brasília - UnB

Espírito Santo

Universidade Vila Velha - 
UVV
Faculdades Integradas de Vitória - FDV
Faculdades Integradas Espírito Santenses - Faesa I
Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Goiás

Universidade Federal de Goiás - 
UFG (Praça Universitária, em Goiânia)
Universidade Federal de Goiás - UFG (Avenida Bom Pastor, Goiás)

Maranhão

Universidade Federal do Maranhão - 
UFMA (em Imperatriz)
Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB
Universidade Federal do Maranhão - UFMA (em São Luís)

Mato Grosso

Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT (em Cáceres)
Universidade Federal de Mato Grosso - 
UFMT (em Cuiabá)

Mato Grosso do Sul

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - 
UFMS
Fundação Universidade Federal Da Grande Dourados - 
UFGD - Fadir
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS (em Dourados)
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS (em Naviraí)

Minas Gerais

Centro Universitário Newton Paiva
Escola Superior Dom Helder Câmara
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas, unidade Praça Da Liberdade)
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas, Campus Coração Eucarístico)
Universidade Federal de Minas Gerais 
UFMG
Universidade Fumec - Fumec
Universidade do Estado de Minas Gerais - 
UEMG
Faculdade Metodista Granbery - FMG
Faculdades Integradas Vianna Júnior - FIVJ
Universidade Federal de Juiz De Fora - 
UFJF
Centro Universitário de Lavras - UNILAVRAS
Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
Faculdade de Direito Milton Campos - FDMC
Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP
Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
Faculdade de Direito de Pedro Leopoldo - FADIPEL
Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga - FADIP
Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação de Uberlândia - ESAMC
Universidade de Uberaba - UNIUBE - Campus Direito/Administração
Universidade Federal de Uberlândia - 
UFU
Fundação Universidade Federal de Viçosa - 
UFV

Pará

Centro Universitário do Estado Do Pará - Cesupa
Universidade Federal do Pará - 
UFPA (em Belém)
Universidade Federal Do Pará - UFPA (em Marabá)
Universidade Federal Do Oeste Do Pará – Ufopa

Paraíba

Universidade Estadual da Paraíba - 
UEPB
Universidade Federal da Paraíba - 
UFPB
Universidade Federal da Paraíba - UFPB - Campus I - João Pessoa
Universidade Federal de Campina Grande - 
UFCG

Paraná

Universidade Norte do Paraná - UNOPAR
Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel - UNIVEL
Centro Universitário Curitiba - UNICURITIBA
Centro Universitário Franciscano do Paraná - FAE
Pontifícia Universidade Católica do Paraná - 
PUCPR
Universidade Federal do Paraná - 
UFPR
Universidade Positivo - UP
Universidade Estadual do Norte do Paraná - 
UENP
Universidade Estadual de Londrina - UEL
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
Universidade Estadual de Maringá - UEM
Universidade Estadual de Ponta Grossa - 
UEPG

Pernambuco

Faculdade Damas da Instrução Cristã - FADIC
Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP
Universidade Federal de Pernambuco - 
UFPE

Piauí

Universidade Estadual do Piauí - UESPI
Universidade Estadual do Piauí – UESPI – Campus Clóvis Moura
Universidade Estadual do Piauí – UESPI – Campus Poeta Torquato  Neto
Universidade Federal do Piauí - 
UFPI
Instituto de Ciências Jurídicas e Sociais Professor Camillo Filho

Rio de Janeiro

Universidade Federal Fluminense - 
UFF (em Macaé)
Universidade Federal Fluminense - UFF (em Niterói)
Escola de Direito do Rio De Janeiro - 
FGV
Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas Ibmec - Ibmec - Rio de Janeiro
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO
Universidade Federal do Rio de Janeiro - 
UFRJ

Rio Grande do Norte

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN (em Caicó)
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - 
UERN
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - 
UFRN (em Natal)

Rio Grande do Sul

Universidade da Região da Campanha - Urcamp
Universidade de Passo Fundo - 
UPF
Universidade Federal de Pelotas - 
UFPEL
Escola Superior do Ministério Público - ESMP/FMP
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - 
UFRGS
Universidade Federal do Rio Grande - FURG
Faculdade Dom Alberto - FDA
Universidade Federal de Santa Maria - 
UFSM

Rondônia

Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR (em Cacoal)
Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR (em Porto Velho)

Santa Catarina

Universidade Regional de Blumenau - FURB
Complexo de Ensino Superior do Estado de Santa Catarina - CESUSC
Universidade Federal de Santa Catarina - 
UFSC
Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE
Centro Universitário Barriga Verde - UNIBAVE
Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL
Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC

São Paulo

Faculdade de Ciências Econômicas - FACAMP
Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC-Campinas
Universidade Presbiteriana Mackenzie - Mackenzie (São Paulo)
Universidade Presbiteriana Mackenzie - Mackenzie (Campinas)
Faculdade de Direito de Franca - FDF
Universidade Estadual Paulista Júlio De Mesquita Filho - UNESP
Centro Universitário Antônio Eufrásio de Toledo de Presidente Prudente - FIAETPP
Centro Universitário UNISEB
Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP
Universidade de São Paulo - 
USP (em Ribeirão Preto)
Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação de Santos - ESAMCS
Universidade Católica de Santos - UNISANTOS
Faculdade De Direito De São Bernardo do Campo - 
FDSBC
Escola de Direito de São Paulo - Direito GV
Faculdade de Direito Professor Damásio de Jesus - FDDJ
Pontifícia Universidade Católica - PUC
Universidade de São Paulo - USP (Largo de São Francisco, em São Paulo)
Universidade São Judas Tadeu – 
USJT – Unidade Butantã
Universidade São Judas Tadeu – USJT – Unidade Mooca

Sergipe

Universidade Federal de Sergipe – UFS

Tocantins

Fundação Universidade Federal do Tocantins - 
UFT

Fonte: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2016/01/oab-certifica-139-cursos-de-direito-com-selo-de-qualidade-veja-lista.html

domingo, 5 de julho de 2015

DIALOGANDO SOBRE CURRÍCULO

Faculdade de Tecnologia e Ciência – FTC
Curso: Licenciatura em Português/Inglês
Disciplina: Abordagens Sociopolíticos da Educação
Professora: Profª. Mrª. Maria Rita Souza Barbosa
Graduando: FERREIRA. Josuel de Souza


Atividade Orientada – Etapa 01


Dialogando sobre currículo


Ao dialogar sobre currículo escolar na sociedade capitalista, a partir da ideia de que escola a escola produz e reproduz as desigualdades sociais, todo sistema curricular no capitalismo é formado para atender a ideologia dominante.  Poucos são os que acompanham as necessidades do mundo capitalista, pois o capital cultural, econômico e politico falam mais alto.

Se a maioria dos alunos não se inclui nas novas necessidades do mercado, e as escolas não tem mecanismo para inseri-los, logo eles são excluídos dos grupos dominados, principalmente em um país como o Brasil, onde milhares de seres humanos vivem em estado de miséria. Nesse caso, as consequências dessas desigualdades são de tal modo que as possibilidades de sucesso na escola são também desiguais.

A escola limita-se transmitir o conhecimento semelhante a da classe dominante essa visão mostra que a escolar é um instrumento de reprodução e, por isso mesmo mantem no sistema vigente, o “currículo oficial”.

Segundo João Almeida Machado, ao fazermos isso perdemos a sintonia que pretendermos estabelecer com os estudantes. O mesmo acredita ainda que é preciso estabelecer relações entre o currículo oficial e o mundo que nos cerca e influencia constantemente.

A partir dessas concepções, cabe aos educadores organizar discussões em suas escolas e debater o papel da instituição se ela deve seguir como instrumento de reprodução do sistema capitalista, ou deve reagir diante das investidas do mesmo. É louvável, quando Machado afirma, que não devemos desprezar os currículos oficiais, e sim modernizá-los criando elos que permitam a comunicação entre esses direcionadores de atuação da escola e a realidade em que vivemos.

É preciso levar os alunos a conhecer a função da escola, estabelecendo uma relação de diálogo, responsabilidade e compromisso na aquisição de novos conhecimentos. É saber posiciona-se criticamente em relação a tudo que afeta direta ou indireta a atual sociedade em que vive.

Fonte:

Disponível em: <http://www.faef.edu.br/testergb/downioads/images/curriculooculto>. Acesso em 21 maio de 2008.




FERREIRA. J. S. Dialogando sobre currículo. Atividade Orientada – 01 da FTC. Feira de Santana –BA, 2008.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

ESCOLA SE TRANSFORMA EM LOCAL DE CONVIVÊNCIA E SEU PROJETO PEDAGÓGICO TEM APLAUSO DE MINISTRO

Escola para além das paredes. Essa é a definição para o Centro Unificado de Educação e Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Campos Salles, localizado em uma favela de Heliópolis, bairro da zona sudeste da cidade de São Paulo. O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, visitou o complexo educacional na manhã desta sexta-feira, 19.

Composto por dez edifícios, o complexo reúne três creches (que atendem crianças até 3 anos), uma escola municipal de educação infantil (4 e 5 anos), uma escola de ensino fundamental (todos os anos) e uma escola de educação profissional e tecnológica. É considerado como instituição de ensino diferenciada, sem horários rígidos e grade curricular. Os estudantes têm à disposição aulas de dança, culinária, música, informática, biblioteca, centro cultural e área esportiva. Eles ainda podem andar pelo espaço de três praças, ao ar livre, com wi-fi livre.

A escola oferece aulas em todas as etapas. A partir do segundo semestre deste ano, serão ministradas também aulas de pedagogia por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB). O espaço, projetado pelo arquiteto Ruy Ohtaki, contou com a participação da sociedade em sua elaboração.

O ministro visitou salas de aulas e conversou com os estudantes. Ao final da visita, se disse emocionado. “Decidi vir a essa escola depois de assistir ao filme Diretor de Harmonia. Mas, pessoalmente, é ainda melhor”, afirmou. O documentário Diretor de Harmonia faz parte da série Educação.doc, dos cineastas Luiz Bolognesi e Laís Bodanzky. Disponível on-line e gratuitamente no You Tube, a série conta com cinco episódios.

A Escola Campos Salles passou por muitas transformações ao longo dos anos. Era mais conhecida pelos índices elevados de violência. Em 1994, foi demolido o muro que a separava da comunidade. A partir de então, foram instituídas caminhadas anuais da paz para conscientizar a população sobre um projeto pedagógico inovador. Hoje, é um local de convivência para a comunidade e tem como princípios a autonomia, a responsabilidade e a solidariedade.

Expansão — Na capital paulista, Janine Ribeiro reuniu-se com secretários de educação de municípios da região metropolitana. Ele ressaltou a importância de expandir a construção de creches. “A meta do Plano Nacional de Educação é chegar a 50% de atendimento de crianças até 3 anos de idade”, destacou. “O ideal seria irmos além da meta e garantir o acesso a todas as crianças.”

Segundo o ministro, nesta etapa da educação infantil, um desafio adicional é a formação de professores, pois deve ser uma fase mais criativa e lúdica.

Ao lado do secretário municipal de educação de São Paulo, Gabriel Chalita, e do secretário de educação básica do MEC, Manuel Palacios, o ministro ouviu reinvindicações dos demais secretários paulistas.

Assessoria de Comunicação Social


Palavras-chave: educação básica, projeto pedagógico

Fontehttp://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21410

segunda-feira, 8 de junho de 2015

APLB- SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA

Filiada à FETRAB, CNTE e a CTB
CNPJ: 14.029.219/0001-28
Considerada entidade Pública pela Lei nº 02254/65 e Leis Municipais
Fundada em 24 de abril de 1952-Transformada em Sindicato em 1989
www.aplbsindicato.org.br
NÚCLEO DE CORAÇÃO DE MARIA

CIRCULAR/CONVITE

Vimos através desta, convidar todos os associados deste Sindicato, Professores e Servidores, ativos e inativos, para irmos a Sessão da Câmara de Vereadores, nesta terça-feira, dia 09 de junho às 09 horas. Na oportunidade usaremos a fala baseada na seguinte pauta:

Pauta:

01-Revisão e Unificação dos Planos de Carreira;
02- Pró-funcionário;
03- Projeto de Lei do Salário Base dos Asst. Administrativo;
04- Previdência Própria do Município;
04- Processos e Precatórios;
05- Forró da APLB;
06- Repasses da Contribuição Sindical;
07- Repasses do Plano Odontológico.

Coração de Maria, 08 de junho de 2015.

Atenciosamente,

Vilma Pacheco da Silva – Coordenadora Local
Carla Lopes Pacheco da Silva - Vice-Coordenadora
Margarida Sena de Oliveira Bispo – Secretária Sindical
Maria Lúcia Domitilha de Jesus – Tesoureira
Andréa Queiroz Costa Cerqueira – Secretária Geral
Damiana  Evangelista Adorno –1ª Suplente

Manoecira Gonçalves– 2ª Suplente

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