ORIENTAÇÃO ESCOLAR
Os aspectos
históricos da função do orientador educacional desde os primórdios da
humanidade, sua vida em grupos, a orientação de modo não formal estava
presente, norteando as práticas através da experiência, presente na instrução
dos mais velhos, pais e lideres, portanto é uma atividade inerente ao ser
humano, que de alguma forma implicitamente ou explicitamente esteve, está e
estará presente durante todo o desenvolvimento do ser humano. No final do
século XIX e inicio do século XX, a orientação educacional surge nos Estados
Unidos, com o intuito primordial de orientar os estudantes para a escolha
profissional.
Sendo
assim, as competências necessárias para atuar como orientador realmente
consciente do seu papel, dos seus direitos e dever. A consciência de si, e da
realidade concreta que o cerca, o conhecimento de seu papel frente a esta
realidade, vão dar validade e significação à história do homem. No entanto, o
homem nasce dentro de um mundo já interpretado e criado. Este fato propicia
certa alienação e despreocupação com a análise e reflexão deste mundo. Com
isso, o conceito de orientação educacional partiu da
busca e efetivação de sua prática no interior da escola como um ser necessário
a instituição. A diversidade de funções que são determinadas através das
ocorrências conflituosas do cotidiano escolar ocupam a maior parte do tempo
deste profissional, que acaba a sua função específica.
A orientação educacional ocupa um amplo espaço na
organização do trabalho pedagógico, sendo um articulador no processo de
formação cultural que se dá no interior da escola. Sua presença é fundamental
na organização das práticas pedagógicas e conseqüentemente na efetivação das
propostas. Segundo Conselho de Orientação Educacional da Secretaria de Educação
do Estado de São Paulo “A orientação educacional atua, mediante técnicas
adequadas, no indivíduo, com fim específico de ajudá-lo a resolver os seus
problemas de estudo e de ajustamento ao meio escolar e à vida social e de
conduzi-lo à escolha adequada de cursos ou de profissões”. (n. 3-33, de
19/10/1955).
A partir das
considerações acima apontadas a orientação educacional tem como objetivo
apresentar reflexões teóricas e práticas, referentes ao papel do diretor,
professores, alunos e todos que fazem parte da comunidade escolar, de forma que
possa subsidiar a organização sistemática e prática das atividades pedagógicas
e administrativas, situando a função específica destes profissionais que atuam
no contexto educacional. Atualmente
a função exercida pelo Orientador Educacional ao
longo da história educacional brasileira, se apresenta, como um profissional
com características indefinidas. Com formação no curso de Pedagogia, que não
apresenta uma identidade clara a respeito da atuação dos futuros profissionais,
atravessa diversas mudanças, desde formação geral a habilitações específicas.
Retomando a
Lei n.º 4.024, de 20 de dezembro de 1961 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – LDB), verifica-se a orientação educacional em destaque, quando
estabelece normas para a formação do Orientador Educacional, diferenciando o
ensino médio e o ensino primário e “apresenta implicitamente a Orientação
Vocacional em vários artigos” [...] (GRINSPUN, 2006, p. 141). Isso pode ser
detectado claramente no artigo 38, quando trata da organização do Ensino Médio,
estabelece como norma no item V a “instituição da orientação educativa e
vocacional em cooperação com a família (LDB n.º 4.024/61).
Nesse aspecto, na contemporaneidade o Orientador
Educacional é um pesquisador e estudioso no ambiente escolar. Deverá permanecer
atento as questões didático – pedagógicas, levando sempre em consideração em
sua análise o Projeto Político-Pedagógico da escola. Para tanto, deverá ter
clareza da sua característica principal, que é planejar, decidir, coordenar,
acompanhar, controlar, avaliar e executar ações de forma articulada e planejada
com os demais segmentos da escola. Inclui aqui, os demais profissionais dos
diversos setores e as instâncias colegiadas, que deverão ser fortalecidas nas
escolas, tornando-se representatividade dos diversos segmentos. Assim, o papel do
orientador em relação à função educativa esta sendo cumprida, sempre buscando suprir as necessidades educacionais vivenciadas em cada momento
da história.
Partindo desse ponto, os desafios da
orientação educacional, na contemporaneidade sejam ações
avaliativas e tenham sucesso, o mesmo deverá lutar continuamente por melhores
condições de trabalho, com determinações de atendimentos condizentes ao número
de pessoal relacionados ao número de turmas, atividades burocráticas e
pedagógicas, dentre outras. Diante do atual quadro, o orientador educacional
encontra-se limitado na realização de suas funções, mesmo que estas sejam
organizadas previamente, com a colaboração dos demais profissionais. É preciso
que o mesmo seja capaz de desenvolver com habilidade e segurança sua
competência profissional. Buscar o respeito de todos os demais profissionais da
escola com autoridade em sua função, sem cair no autoritarismo, visando
melhores resultados frente aos problemas educacionais, e consequentemente
definir o papel de cada um no ambiente escolar, integrando-se diferentes
funções com objetivos comuns.
REFERÊNCIAS
GRINSPUN, Míriam P. S. Zippin. A Orientação Educacional: conflito de paradigmas e alternativas para a
escola. 3.ed.ampl. São Paulo: Cortez,
2006.
VASCONCELLOS, Celso dos
Santos. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político – pedagógico
ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2002.
VEIGA, Ilma Passos
Alencastro. Perspectivas para Reflexão em torno do Projeto Político –
Pedagógico. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org.). Escola: Espaço
do Projeto Político – Pedagógico. 11.ed. Campinas, SP: Papirus, 1998.
Você fala muito bem sobre a Orientação Escolar.
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