quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

ORIENTAÇÃO ESCOLAR


ORIENTAÇÃO ESCOLAR

Os aspectos históricos da função do orientador educacional desde os primórdios da humanidade, sua vida em grupos, a orientação de modo não formal estava presente, norteando as práticas através da experiência, presente na instrução dos mais velhos, pais e lideres, portanto é uma atividade inerente ao ser humano, que de alguma forma implicitamente ou explicitamente esteve, está e estará presente durante todo o desenvolvimento do ser humano. No final do século XIX e inicio do século XX, a orientação educacional surge nos Estados Unidos, com o intuito primordial de orientar os estudantes para a escolha profissional.

Sendo assim, as competências necessárias para atuar como orientador realmente consciente do seu papel, dos seus direitos e dever. A consciência de si, e da realidade concreta que o cerca, o conhecimento de seu papel frente a esta realidade, vão dar validade e significação à história do homem. No entanto, o homem nasce dentro de um mundo já interpretado e criado. Este fato propicia certa alienação e despreocupação com a análise e reflexão deste mundo. Com isso, o conceito de orientação educacional partiu da busca e efetivação de sua prática no interior da escola como um ser necessário a instituição. A diversidade de funções que são determinadas através das ocorrências conflituosas do cotidiano escolar ocupam a maior parte do tempo deste profissional, que acaba a sua função específica.

A orientação educacional ocupa um amplo espaço na organização do trabalho pedagógico, sendo um articulador no processo de formação cultural que se dá no interior da escola. Sua presença é fundamental na organização das práticas pedagógicas e conseqüentemente na efetivação das propostas. Segundo Conselho de Orientação Educacional da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo “A orientação educacional atua, mediante técnicas adequadas, no indivíduo, com fim específico de ajudá-lo a resolver os seus problemas de estudo e de ajustamento ao meio escolar e à vida social e de conduzi-lo à escolha adequada de cursos ou de profissões”. (n. 3-33, de 19/10/1955).

A partir das considerações acima apontadas a orientação educacional tem como objetivo apresentar reflexões teóricas e práticas, referentes ao papel do diretor, professores, alunos e todos que fazem parte da comunidade escolar, de forma que possa subsidiar a organização sistemática e prática das atividades pedagógicas e administrativas, situando a função específica destes profissionais que atuam no contexto educacional. Atualmente a função exercida pelo Orientador Educacional ao longo da história educacional brasileira, se apresenta, como um profissional com características indefinidas. Com formação no curso de Pedagogia, que não apresenta uma identidade clara a respeito da atuação dos futuros profissionais, atravessa diversas mudanças, desde formação geral a habilitações específicas.

Retomando a Lei n.º 4.024, de 20 de dezembro de 1961 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB), verifica-se a orientação educacional em destaque, quando estabelece normas para a formação do Orientador Educacional, diferenciando o ensino médio e o ensino primário e “apresenta implicitamente a Orientação Vocacional em vários artigos” [...] (GRINSPUN, 2006, p. 141). Isso pode ser detectado claramente no artigo 38, quando trata da organização do Ensino Médio, estabelece como norma no item V a “instituição da orientação educativa e vocacional em cooperação com a família (LDB n.º 4.024/61).

Nesse aspecto, na contemporaneidade o Orientador Educacional é um pesquisador e estudioso no ambiente escolar. Deverá permanecer atento as questões didático – pedagógicas, levando sempre em consideração em sua análise o Projeto Político-Pedagógico da escola. Para tanto, deverá ter clareza da sua característica principal, que é planejar, decidir, coordenar, acompanhar, controlar, avaliar e executar ações de forma articulada e planejada com os demais segmentos da escola. Inclui aqui, os demais profissionais dos diversos setores e as instâncias colegiadas, que deverão ser fortalecidas nas escolas, tornando-se representatividade dos diversos segmentos. Assim, o papel do orientador em relação à função educativa esta sendo cumprida, sempre buscando suprir as necessidades educacionais vivenciadas em cada momento da história.

Partindo desse ponto, os desafios da orientação educacional, na contemporaneidade sejam ações avaliativas e tenham sucesso, o mesmo deverá lutar continuamente por melhores condições de trabalho, com determinações de atendimentos condizentes ao número de pessoal relacionados ao número de turmas, atividades burocráticas e pedagógicas, dentre outras. Diante do atual quadro, o orientador educacional encontra-se limitado na realização de suas funções, mesmo que estas sejam organizadas previamente, com a colaboração dos demais profissionais. É preciso que o mesmo seja capaz de desenvolver com habilidade e segurança sua competência profissional. Buscar o respeito de todos os demais profissionais da escola com autoridade em sua função, sem cair no autoritarismo, visando melhores resultados frente aos problemas educacionais, e consequentemente definir o papel de cada um no ambiente escolar, integrando-se diferentes funções com objetivos comuns.


REFERÊNCIAS

GRINSPUN, Míriam P. S. Zippin. A Orientação Educacional: conflito de paradigmas e alternativas para a escola. 3.ed.ampl. São Paulo: Cortez, 2006.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político – pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2002.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Perspectivas para Reflexão em torno do Projeto Político – Pedagógico. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org.). Escola: Espaço do Projeto Político – Pedagógico. 11.ed. Campinas, SP: Papirus, 1998.

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