terça-feira, 25 de março de 2014

FLUÊNCIA EM INGLÊS AINDA É BARREIRA PARA MUITOS PROFISSIONAIS BRASILEIROS

Edição do dia 01/04/2013
01/04/2013 11h48 - Atualizado em 01/04/2013 16h00

Conheça outras habilidades e competências que aumentam a empregabilidade. Mais de 80% das entrevistas em língua estrangeira são feitas em inglês.

A fluência na língua inglesa está entre as habilidades e competências de um profissional qualificado e completo para o mercado, mas ela ainda é um grande problema para quem está à procura de um emprego e também para os profissionais mais experientes. Uma pesquisa revelou que a diferença salarial para quem tem inglês pode chegar a quase 64% para um cargo de supervisão, por exemplo. Só que no Brasil, apenas 8% da classe A/B falam inglês fluentemente. Esses números poderiam ser bem melhores se o inglês fizesse parte da nossa vida, por exemplo, ainda na infância. Nunca é cedo demais para aprender outro idioma. Em uma escola de Florianópolis, crianças de seis anos já são estimuladas a falar outra língua na sala de aula.  É fácil e divertido porque os pequenos aprendem brincando.

Enquanto preparam uma receita, por exemplo, eles vão descobrindo os nomes dos ingredientes em inglês. Já os adolescentes, além das aulas regulares, cursam o high school, que equivale ao ensino médio nos Estados Unidos. “Na prática é como se o aluno cursasse duas escolas ao mesmo tempo. Ao final da graduação, ele recebe dois diplomas: um brasileiro e um americano”, explica Evelyn da Rocha, coordenadora pedagógica.

Falar inglês já não é mais diferencial, é uma exigência. Uma pesquisa realizada pela Catho em todo o Brasil mostrou que mais de 80% das entrevistas em língua estrangeira são feitas em inglês, mas o estudo revelou que apenas 11% dos profissionais conseguem se comunicar sem dificuldades, e destes, somente 3% falam o idioma fluentemente.

Salário por nível hierárquico:

Nível Hierárquico
Não fala INGLÊS
Técnico para leitura e fala com dificuldades
INGLÊS Fluente
Diretoria
R$ 19.852,24
R$ 21.009,34
R$ 23.484,16
Gerência
R$ 7.775,54
R$ 8.778,02
R$ 11.088,07
Coordenação
R$ 5.054,14
R$ 5.870,37
R$ 7.025,70
Supervisão
R$ 3.518,96
R$ 3.998,28
R$ 5.766,10
Profissionais Júnior/Pleno/Sênior
R$ 2.853,95
R$ 3.298,83
R$ 4.426,13
Assistentes/Auxiliares/Operacionais
R$ 1.296,42
R$ 1.365,93
R$ 1.536,45

% de diferença:

Nível Hierárquico
Percentual salarial de quanto ganham a mais os profissionais que falam inglês fluentemente do que não falam
Diretoria
18,29%
Gerência
42,60%
Coordenação
39,01%
Supervisão
63,86%
Profissionais Júnior/Pleno/Sênior
55,09%
Assistentes/Auxiliares/Operacionais
18,51%


% de respondentes por nível hierárquico:


Nível Hierárquico
Não fala INGLÊS
Técnico para leitura e fala com dificuldades
INGLÊS Fluente
Diretoria
2,17%
13,77%
84,06%
Gerência
9,81%
23,57%
66,62%
Coordenação
14,93%
29,01%
56,06%
Supervisão
25,09%
36,49%
38,42%
Profissionais Júnior/Pleno/Sênior
13,40%
31,37%
55,23%
Assistentes/Auxiliares/Operacionais
48,90%
35,62%
15,48%


No estúdio, Veruska Donato recebe o professor de inglês Roberto Witte. Ele explica o que significa ser fluente em uma língua, o que o profissional precisa saber para se comunicar sem problema e como estudar inglês. O consultor de carreira, Renato Grinberg, também participa no estúdio e orienta os jovens sobre habilidades fundamentais para a empregabilidade. Além dos idiomas, ele ressalta:

- Computação: “Não dá para imaginar algum tipo de trabalho em que uma pessoa não vá usar o computador e os softwares básicos do Office, como Word, Excel e PowePoint”.

- Habilidades quantitativas: “Não importa a área que alguém siga, será sempre importante ter certa intimidade com os números (mesmo que você não goste deles!)”

- Habilidades interpessoais: “Ninguém faz nada sozinho e quanto melhor forem suas habilidades interpessoais, mais chance você terá de atingir resultados. A maneira que um profissional interage com colegas ou supervisores vai determinar em grande parte o sucesso dele na empresa. Algumas dicas para desenvolver essas habilidades são: não comentar temas que podem ser polêmicos no ambiente de trabalho como política ou religião; cumprimentar as pessoas sempre com um sorriso e olhando nos olhos; evitar conversas de caráter pessoal que possam constranger outra pessoa”.

- Habilidades de negociação: “Saber negociar é fundamental para qualquer área ou nível hierárquico. Saber a hora de negociar um aumento de salário ou promoção pode fazer toda a diferença no sucesso da carreira. Dica: entender o que é importante para a pessoa com quem você irá negociar. Por exemplo, se você estiver negociando um aumento de salário ou promoção, você não deve pensar no beneficio para você, mas sim o que o seu chefe ganharia. Nesse caso você poderia mostrar para ele que com o seu aumento ou promoção ele poderia se preocupar menos porque você assumiria mais responsabilidades e assim por diante”.

- Habilidades de liderança: “Não importa o cargo, sem habilidades de liderança um profissional não consegue se desenvolver seja um estagiário ou diretor da empresa. O importante é se antecipar as tarefas ou eventuais problemas mostrando proatividade, ou seja, não esperar que alguém lhe peça para fazer algo ou resolver um problema. O líder se antecipa aos problemas. Dica: analisar o comportamento de profissionais mais experientes que você admira na empresa e prestar atenção nas atitudes deles. Quando você se deparar com uma situação em que você não saiba como resolver, pense no que aquele profissional faria”.


Fonte: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2013/04/fluencia-em-ingles-ainda-e-barreira-para-muitos-profissionais-brasileiros.html

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