sábado, 23 de dezembro de 2017

Professor Josuel Souza : O QUE É ÉTICA E MORAL?

Professor Josuel Souza : O QUE É ÉTICA E MORAL?:              No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos...

O QUE É ÉTICA E MORAL?


             No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.
               Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes”.
                Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.
                Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.
                No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.

Fonte: https://www.significados.com.br/etica-e-moral/ e imagem do google.

A ÉTICA SOCRÁTICA

Alexsandro M. Medeiros

               A reflexão sobre os valores e preceitos morais aparece muito clara em um dos maiores pensadores da antiguidade e um dos maiores filósofos de toda tradição ocidental, a saber, Sócrates. É muito comum vermos o filósofo, interpretado nas obras de seu discípulo Platão, indagando de seus concidadãos o que eles consideravam ser a coragem, a justiça, a amizade, o amor, ou seja, princípios e valores de ordem moral. Tais perguntas socráticas procuravam fazer o seu interlocutor refletir nestas questões evidenciando assim o caráter eminentemente filosófico da reflexão sobre os valores. Mas Sócrates não parava por aí. Estes valores, que os atenienses chamavam (como nossa sociedade de uma forma geral) de virtude, faziam com que Sócrates os interrogassem então para saber o que é a virtude. E se Sócrates tivesse como resposta que a virtude é agir em conformidade com o bem, então ele questionava, mas o que é o bem?
            Sócrates procurava de alguma forma indagar os cidadãos atenienses a respeito das virtudes, sua essência, valor, obrigação. Como saber se uma conduta é boa ou não, virtuosa ou reprovável? Por que o bem é uma virtude e o mal um erro? É preferível ser justo ou injusto? Com estes questionamentos Sócrates forçava os indivíduos a refletirem sobre si mesmos e suas próprias ações. Além disso, a indagação ética socrática dirige-se não só ao indivíduo, mas também à sociedade.
            As questões socráticas podem ser consideradas como fundamento da ética ou filosofia moral porque procuram definir o campo no qual os valores morais podem ser estabelecidos além de tentar encontrar seu ponto de partida que, para Sócrates, é a própria consciência do agente moral. Assim, o sujeito ético, diria Sócrates, é aquele que sabe o que faz, conhece as causas e os fins de sua ação, a essência dos valores morais.
            Sócrates acreditava que existe um saber universalmente válido, que decorre do conhecimento da essência humana – contrariamente aos Sofistas, que afirmavam não existir normas e verdades universalmente válidas, isto é, uma concepção relativista da ética. E é a partir do conhecimento da essência humana que se pode conceber a fundamentação de uma moral universal. O que há de essencial no ser humano é sua alma racional, sua psyché, seu espírito. Por isso, é na sua alma racional e no seu espírito que se deve fundamentar as normas e os costumes morais.
           Só sei que nada sei. É uma das frases mais conhecidas do filósofo grego que guarda nas suas entrelinhas uma disposição moral digna de reflexão. A pior dar ignorâncias é aquela que acredita saber o que na realidade nada sabe. Concretamente, é fato que se torna muito difícil estabelecer qualquer tipo de diálogo com pessoas que acreditam saber de tudo. Sua opinião é sempre a correta e, antes mesmo que você termine de falar, ela já intervém para expor novamente sua opinião, que, ela acredita, é a única verdadeira.
            A questão moral por trás desta disposição de espírito é que se as pessoas tivessem mais consciência de sua própria ignorância seriam menos arrogantes e presunçosas, vaidosas e orgulhosas do seu próprio saber, não se acreditando ser mais do que se é. Ademais, a arrogância e a presunção não tornam a convivência entre as pessoas difícil apenas na área pessoal mas também na área profissional. Isto se torna um problema quando eu não tenho condições de aceitar ideias novas, advindas de um subalterno, por achar que ele pode estar simplesmente querendo tomar o meu lugar. Então, ao invés de escutar suas ideias, minha mente fica bloqueada pelo “perigo” que ele pode me causar, caso suas ideias sejam aceitas.

Fonte: Leia mais: http://www.portalconscienciapolitica.com.br/products/a-etica-socratica/

domingo, 3 de setembro de 2017

FILOSOFIA DA RELIGIÃO - QUESTÕES DE REVISÃO

_______________________________Questão 01
O que é a Filosofia da Religião?

R: É um ramo da Filosofia que investiga as origens e a natureza   de fenômeno religioso e estuda a influência da religião no comportamento humano e nas sociedades.

______________________________Questão 02
Qual a compreensão de Platão sobre o demiurgo?

R: Platão compreende o demiurgo como uma força ordenadora de tudo, ou seja, a alma do mundo: o demiurgo dotou o mundo, além de um corpo perfeito também de alma e de inteligência perfeitas. Assim criou a alma do mundo servindo-se de três princípios: a essência, o idêntico e o diferente. E uniu a alma do corpo do mundo.

______________________________Questão 03
Como era o primeiro motor de Aristóteles?

R: Segundo Aristóteles o primeiro motor e responsável pelo principio do movimento; e, ao mesmo tempo, causa e finalidade. Ele e o causador do inicio do movimento dos astros e das efemeridades celestes.

______________________________Questão 04
Quais eram as três correntes filosóficas da cultura helenística?

R: O estoicismo, o epicurismo e ceticismo.

______________________________Questão 05
O que era a filosofia estoica?

R: O pensamento filosófico dos estoicos se baseava no entendimento da condição trágica do ser humano, cujo destino esta ligada a dor, ao sofrimento e finalmente, a morte e, situações irremediáveis.  

______________________________Questão 06
Qual era o Fundamento Filosófico do epicurismo?

R: O epicurismo, por sua vez, e uma escola filosófica helenística fundada pelo pensador grego Epicuro, cuja filosofia apontada para o prazer com o caminho para a felicidade e do sentido da vida.

______________________________Questão 08
O que foi o hedonismo?

R: É uma doutrina filosófica que proclama o prazer como fim supremo da vida. Portanto, para os hedonistas, a base da existência humana deve ser marcada pela busca do prazer e pela superação da dor.

______________________________Questão 09
O que foi o ceticismo?

R: Foi uma corrente filosófica que pregava que não se pode conhecer a verdade.

______________________________Questão 10
Qual era o objeto de estudo da Filosofia da Religião?

R: O objeto de estudo da Filosofia da Religião toma como estudo questões relacionadas como a transcendência e a existência de Deus, a espiritualidade e o fenômeno religioso do ponto de vista filosófico, o que significa dizer que não podemos confundi-la como a Teologia, a apologética ou a fenologia da religião.

______________________________Questão 11
O que foi o fenômeno religioso?

R: O estudo do fenômeno religioso, em função da sua especificidade, tem papel fundamental da compreensão da dimensão religiosa de um povo, pois sempre estar em sintonia com a cultura e os costumes de uma determinada população.    

______________________________Questão 12
Como se deu a privatização religiosa?

R: Se deu a partir do momento em que podemos compreender o crescente aumento, no período moderno, de pessoas que se dizem possuidoras de espiritualidade, porem, sem a prática da adesão a uma determinada instituição religiosa.  

______________________________Questão 13
Quais as principais escolas filosóficas do período medieval?

R: Duas grandes escolas filosóficas despertaram na Idade Media: a patrística e a escolástica.


______________________________Questão 14
O que foi a escola filosófica patrística?

R: Denominamos a escola patrística a doutrina dos autores da Antiguidade, ou seja, a ciência dos chamados Padres da Igreja,

______________________________Questão 15
O que foi a escola filosófica escolástica?

R: Foi o conjunto de doutrinas e sistemas filosóficos e teológicos que emergiu durante a Idade Media e teve preocupação estabelecer um nexo entre a fé e a razão.

______________________________Questão 16
Quais são as três fases da escola filosófica escolástica?

R: Foi o primeiro primitivo (século IX-XII), o segundo apogeu (século XII) e o terceiro a decadência (século XIV-XV).
______________________________Questão 17
 Qual era o pensamento de Agostinho de Hipona?

R: Ele foi um dos principais pensadores do inicio do cristianismo da época conhecida por patrística e foi quando se tornou um grande filosofo e deu inicio a sua carreira no estudo e no ensino da gramatica e da retorica. Da gramática, Agostinho passou para a investigação filosófica, ingressando na seita dos maniqueístas, corrente que defendia a existência de dois princípios ativos, o bem e mal. Ele superou esse dualismo quando aceitou o pensamento Plotino, que defendia a tese de que o mal é a ausência do bem. 

______________________________Questão 18
Qual foi a Suma Teológica de Tomás de Aquino?

R: A Suma Teológica, obra-prima envolvendo a filosofia e a Teologia, que comporta argumentos racionais e logicas para demonstrar a fé e atestar a existência de Deus.

______________________________Questão 19
O que divergia entre Duns Scotto e Tomás de Aquino?

R: O ponto de partida básico, que o separa de Santo Tomás é: a) O contraste entre a verdade racional da metafisica – própria da razão humana e valido, portanto, para todos os homens – e verdade da fé a qual a razão pode somente se submeter e que tem uma certeza bem sólida para os católicos. O outo ponto é: b) A fé não tem nada a ver com a ciência. A fé pertence ao domínio prático. “A fé não é um habito especulativo, nem o crer é um ato especulativo, nem a visão que urge ao crer é uma visão especulativa, mas prática”.

______________________________Questão 20
Como pensava de Guilherme de Ockham?

R: Foi um dos que levou a radicalidade da separação entre a fé e a razão e, portanto, para ele, filosofia e a teologia trilharam caminhos completamente diferentes.
   
______________________________Questão 21
Quem foi João Wyclif?

R: Foi um teólogo que discriminou suas ideias reformistas entre o povo e procurou aproximá-lo de uma leitura direta da Bíblia, sem a intermediação da hierarquia eclesiástica.   

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

TECNOLOGIA A SERVIÇO DA INCLUSÃO ESCOLAR


Colégio em Ação (CA) desenvolve Tecnologia para Estudantes com Deficiência Intelectual

Por: Josuel de Souza Ferreira – RU: 1156849
Polo – PAP – Feira de Santana/BA
Data: 15/08/2017

Essa reportagem tem como tema “Tecnologia a Serviço da Inclusão Escolar” tem como objetivo mostrar a importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na educação, visando inserir os alunos que tem Deficiência Intelectual e preparar os docentes e gestores escolares para a lhe dar com esses tipos de deficiência intelectual e, com as Tecnologias de Informação e Comunicação-TIC. Sendo assim, essas ferramentas são necessárias para os processos pedagógicos da Instituição Escolar. Com isso, a Deficiência Intelectual, de acordo com a Associação Americana sobre Deficiência Intelectual do Desenvolvimento AAIDD, é caracterizada por um funcionamento intelectual inferior a media que chamamos de QI. Segundo a mesma, diz que é associado a limitações adaptativas em pelo menos duas áreas de habilidades. Essas habilidades são: a comunicação, o autocuidado, a vida no lar, a adaptação social, a saúde e a segurança. Para a AAIDD uso desses recursos da comunidade é favorável junto à determinação, funções acadêmicas, lazer e desenvolvimento do trabalho. Nós sabemos que esses tipos de Deficiência Intelectual se manifestam antes dos 18 (dezoito) anos de idade. Por esses motivos, o uso das tecnologias ajuda a favorecerem os jovens que sofrem com algum tipo de deficiência intelectual, ajudando nos relacionamentos com os outros e ajudando eles fazerem a integração com os meios social que eles vivem. A Tecnologia a Serviço da Inclusão é um projeto voltado a esses tipos de Deficiência Intelectual realizado no Colégio em Ação-CA da rede particular de ensino, onde são utilizados os computadores, notebooks e os smartphones que são adaptados para cada tipo de estudante e o grau de Deficiência Intelectual a que eles se inseriram. O projeto estar em fase de experimentação no Colégio em Ação-AC. O projeto constitui na implantação de “Comando de Voz”, que são colocados nas plataformas dos aparelhos tecnológicos. Segundo a professora e coordenadora Luciene das Dores diz que “o projeto de integração dos jovens com que Deficiência Intelectual abre novos caminhos, tanto para os professores da escola se auxiliar e, para adolescentes ganharem mais independência”. Também em conversa com a direção do colégio a senhora Doralice Dias, disse que “todas as disciplina estão envolvidas nesse processo e, que cada uma desenvolve seu trabalho e, a maneira com que utilizarão o aplicativo ou a plataforma de acordo a Deficiência dos seus alunos”. Observamos dentro do colégio os acessos para os alunos que tem Deficiência Intelectual e, notamos que há rampas de acessos e todos os banheiros são adaptados, até por que o aplicativo que funciona no smartphone “Sonar” de maneiras diferenciadas quando chega ou o “Comando de Voz” emite o alerta próprio da a deficiência. Em conversa com a aluna do 3º ano do Ensino Médio foi perguntado com foi pensado e criado à plataforma e o aplicativo, ela disse que foi criado em laboratório de Ciências e Tecnologias do Colégio em Ação-AC, ela mais cinco alunos. Questionado também, sobe o tipo de deferência o aplicativo “Sonar” e o “Comando de Voz”, está sendo utilizado, disseram que é utilizado para tipo de Deficiência de Intelectual é Moderado ou Médio. Outro ponto importante é faixa etária dos alunos que participam do projeto que é 12 até os 18 anos de idade.  O projeto também tem seus objetivos bem definidos que é atingir com o uso do aplicativo ou da plataforma. Em conversa com a Direção, Ela relatou as vantagens e desvantagens desses aplicativos e da plataforma, com o pouco recurso não da para alcançar um número muito grande de jovens que precisam ser assistidos a vantagem é que podemos experimentar esse projeto dentro da própria escola, atendendo nossos jovens que tem essa Deficiência Intelectual. 
De acordo coa a “Nova Escola”, ela lança um pergunta que é instigante: Como lidar com alunos com deficiência intelectual na escola? Segundo a psicopedagoga especialista em Inclusão, ouvida pela “Nova Escola” Daniela Alonso, as limitações impostas pela deficiência dependem muito do desenvolvimento do indivíduo nas relações sociais e de seus aprendizados, variando bastante de uma criança para outra. Em geral, a deficiência intelectual traz mais dificuldades para que a criança interprete conteúdos abstratos.
Ainda segundo a “Nova Escola”, é nesse sentido de exigir estratégias diferenciadas por parte do professor, que diversifica os modos de exposição nas aulas, relacionando os conteúdos curriculares a situações do cotidiano, e mostra exemplos concretos para ilustrar ideias mais complexas. Por isso, AAIDD deia claro que as crianças podem aparecer com problemas de aprendizado. Se, ao final da educação infantil, a criança apresenta limitações de aprendizado, como para a alfabetização e para a matemática, consulte profissionais da área. Alguns sintomas comuns são: Confusão no uso de palavras que indicam direção (dentro, fora, em cima/embaixo, direita/esquerda; Dificuldade de coordenação motora grossa (tropeça, colide com objetos, cai muito; Dificuldade de coordenação motora fina (não pega corretamente o lápis, não sabe usar a tesoura), Dificuldade para reconhecer cores, números e letras; Dificuldade de associar letras a sons; Dificuldade com sequências (1,2,3...); Dificuldade para contar; Dificuldade para memorizar fatos numéricos (quantos anos tem); Dificuldade para aprender cantigas infantis com rimas e Frases ditas de maneira confusa, com erro de pronúncia das palavras. Devido a isso, o Colégio em Ação-AC, é um dos mais diversos centros de ensino que se preocupa com o bem-estar de todos os seres que vivem e se preocupa com os outros. Por isso, é que mais uma vez estamos diante de pessoas que acredita no seres humano. 

Fonte 

Referências: NOVA ESCOLA O que é deficiência intelectual? Disponível em: < https://novaescola.org.br/conteudo/271/o-que-e-deficiencia-intelectual> Acesso em 18 de agosto de 2017.

Imagens do Google

quarta-feira, 21 de junho de 2017

O ANARQUISMO: A DEFESA DE UMA SOCIEDADE SEM ESTADO

                    O anarquismo como movimento social e político surgiu no século XIX, no contexto do movimento operário, e desenvolveu uma filosofia política centrada na defesa de uma sociedade sem Estado. Para os anarquistas, o Estado é fonte da opressão humana e instrumento de dominação. Se o Estado existe para resolver os conflitos entre os indivíduos, ele não é necessário em uma sociedade que seja a expressão da igualdade, da liberdade e da solidariedade.
                    O primeiro pensador a desenvolver ideias anarquistas no século XIX foi Proudhon. Em 1840 ele lançou um pequeno livro com o título O que é a propriedade?, é sua resposta à pergunta do título era simples e direta: a propriedade é um roubo. Fazendo a crítica da propriedade privada, Proudhon propunha uma sociedade sem propriedade, uma sociedade comunista.
                    Antes de Proudhon definir suas ideias como anarquistas, essa palavra tinha uma conotação pejorativa. Durante a Revolução Francesa, certos grupos chamavam seus adversários de anarquistas, para dizer que não eram sérios, que eram baderneiros e desordeiros. Proudhon deu à palavra um sentido positivo, ao afirmar que a anarquia não é desordem, mas a expressão de uma “ordem natural”, não de uma ordem artificial criada por um grupo segundo seus interesses. Sua conclusão: “Assim como o homem procura a justiça na igualdade, a sociedade procura a ordem na anarquia”.
                    As ideias de Proudhon foram retomadas e desenvolvidas por vários filósofos anarquistas. Um deles foi Mikhail Bakunin, ativo revolucionário que circulou por vários países europeus atuando em associações de trabalhadores e procurando construir uma revolução que colocasse fim à exploração capitalista.
                    O princípio central da filosofia anarquista é a liberdade individual. Os anarquistas consideram que os indivíduos são livres e que a sociedade não pode ser uma limitação dessa liberdade, mas sua confirmação e aprimoramento. Por isso, o Estado, instrumento de dominação, é visto como algo a ser combatido. O conceito anarquista de liberdade, porém, difere daquele elaborado por Rousseau e por outros filósofos que podem ser chamados de “liberais”.
                    Para Rousseau, o ser humano é livre por natureza; todos nascem livres, embora a sociedade coloque limites para a liberdade. Essa ideia de liberdade individualizada está expressa na frase: “O limite de minha liberdade é a liberdade do outro”. Para a filosofia anarquista, não faz sentido pensar em limites para a liberdade. Se a liberdade do outro é um limite para minha liberdade, então nem ele nem eu somos livres. Os filósofos anarquistas, em especial Proudhon e Bakunin, elaboraram um conceito coletivista de liberdade. Para eles, a liberdade não é um dom natural do indivíduo. Ninguém nasce livre; nós nos tornamos livres. Aprendemos a ser livres e precisamos conquistar a liberdade. E isso só pode ser feito nas relações sociais. Só posso ser livre em meio a outros seres humanos, junto com outros iguais a mim. Não haveria sentido falar em liberdade se eu vivesse isolado em uma ilha deserta. Só posso ser livre se, vivendo em meio a outras pessoas, suas liberdades confirmam minha liberdade, assim como minha liberdade confirma as delas.

“[...] Só sou verdadeiramente livre quando todos os seres humanos que me cercam, homens e mulheres, são igualmente livres. A liberdade do outro, longe de ser um limite ou a negação da minha liberdade, é, ao contrário, sua condição necessária e sua confirmação [...] Ao contrário, é a escravidão dos homens que põe uma barreira na minha liberdade, ou, o que é a mesma coisa, é sua animalidade que é uma negação da minha humanidade [...] Minha liberdade pessoal assim confirmada pela liberdade de todos se estende ao infinito.

BAKUNIN, Mikhail. Textos escolhidos. Porto Alegre: L&PM, 1983. p. 32-33.

                    As relações sociais não são outra coisa senão um jogo de liberdades. Quando esse jogo significa o domínio de uns sobre outros, anulam-se as liberdades de todos; e, afirmam os anarquistas, é isso que historicamente tem sido feito pelos sistemas políticos: o Estado operando como instrumento de dominação de um grupo sobre o restante da sociedade. Por isso, as liberdades precisam ser conquistadas, o que requer a organização política para uma revolução social que coloque fim ao sistema de exploração, abrindo espaço para a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária.
                  A revolução social, para os anarquistas, deveria imediatamente derrubar o Estado. Sua utilização, mesmo provisória, como meio para a atuação partidária, como pensava Marx, significaria necessariamente a manutenção de um sistema de privilégios, de relações de exploração, de classes sociais. Apenas a extinção imediata do Estado como aparelho de exploração poderia colocar em marcha outros tipos de relação, outros jogos de poder que fossem exercício de liberdade, não de dominação.

GALLO, Sílvio. Filosofa: experiência do pensamento: volume único / Sílvio Gallo. – 1. ed. – São Paulo: Scipione, 2013.

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Exercício de Fixação


1. O que é anarquismo?
2. O anarquismo ficou conhecido como movimento. Que movimento era esse?
3. Quando surgiu o anarquismo?
4. O que era o Estado para os anarquistas? 
5. Quem foi o primeiro pensador a desenvolver ideias anarquistas no século XIX?
6. O que é a propriedade para Proudhon?
7. Qual era princípio central da filosofia anarquista?
8. Como os anarquistas consideram que os indivíduos eram?
9. Segundo o Rousseau, como deveria ser o humano?
10. Para os anarquistas como se dava as relações sociais?

quinta-feira, 4 de maio de 2017

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA - SELEÇÃO DE ESTUDANTES PARA OS CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO NA MODALIDADE A DISTÂNCIA


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

EDITAL Nº 05/2017


SELEÇÃO DE ESTUDANTES PARA OS CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO NA MODALIDADE A DISTÂNCIA DA UFBA

1. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

A Universidade Federal da Bahia - UFBA, por meio da Superintendência de Educação a Distância, em parceria com a Pró Reitoria de Extensão e as Unidades de Ensino de Educação, Filosofia e Ciências Humanas, torna público que estão abertas as inscrições para o processo seletivo de alunos para os seguintes cursos de Pós-Graduação Lato Sensu:

1. ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS;
2. ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO (Vagas Remanescentes);
3. ESPECIALIZAÇÃO EM GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA.



Fonte: https://sead.ufba.br/sites/sead.ufba.br/files/edital_5_2017_selecao_de_alunos_ead_ufba.pdf

  MESTRADO PROFISSIONAL CAPES aprova primeira proposta com parte do curso em EaD Projeto tem atividades presenciais e número adequado de alu...