sábado, 29 de março de 2014

PLANOS DE AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA


CRÔNICA: GÊNERO ENTRE O JORNALISMO E A LITERATURA


 Aproveite o centenário do cronista Rubem Braga (1913-1990) para discutir com a turma as características do gênero que o consagrou, estimulando a leitura e a produção de textos.

 

 

OBJETIVOS


  • Identificar as características da crônica como gênero híbrido entre o jornalismo e a literatura
  • Observar as reflexões e digressões líricas, humorísticas, sociais e políticas contidas nas crônicas
  • Ler crônicas de autores consagrados
  • Produzir crônicas a partir dos estudos realizados


CONTEÚDOS


  • Gêneros literários e jornalísticos: crônica


TEMPO ESTIMADO


  • Seis aulas


ANOS


  • 8° e 9° anos


MATERIAIS NECESSÁRIOS


  • Caderno e papel;
  • Cópias das seguintes crônicas: Do livro Seleta de Prosa, de Manuel Bandeira (Ed. Nova Fronteira, 592 págs.,21/3882-8200): "Candomblé"
  • Do livro 200 Crônicas Escolhidas, de Rubem Braga (Ed. Record, 490 págs., 37,90 reais, 21/2585-2000): "Moscas, e Teto Azul" e "Buchada de Carneiro"
  • Do livro Crônicas para Ler na Escola, de Carlos Heitor Cony (Ed. Objetiva, 160 págs., 35,90 reais, 21/2199-7824): "Agulhas de Hiroshima"


INTRODUÇÃO



          O nascimento da crônica moderna se deu entre os séculos 14 e 15, em Portugal. Como cronista real, Fernão Lopes (1380?- 1460?), guarda-mor da Torre do Tombo em Portugal, tinha o papel de registrar e arquivar a cronologia dos reinados e de toda a história das dinastias portuguesas. Lopes foi o primeiro a produzir textos com características modernas: a autoridade das informações advinha da referência documental, o autor mantinha-se distante e neutro em relação aos fatos, buscando narrar a realidade afastado das emoções e subjetividades. O gênero tinha, então, um viés historiográfico.


         A partir do século 19, através de sua difusão no meio jornalístico, os autores passam a utilizar a crônica como meio de análise subjetivos de acontecimentos cotidianos, comentando temas próximos aos leitores de jornal.


          No Brasil, o caráter mais breve e informal do gênero permitiu que ele fosse utilizado como espaço de exercício para grandes autores como José de Alencar, Manuel Antonio de Almeida, Raul Pompéia e Machado de Assis no século 10 e Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Manuel Bandeira, Nelson Rodrigues, João do Rio, Lima Barreto, Fernando Sabino, entre outros do século 20. Entretanto, grandes escritores tiveram seu talento reconhecido por conta de textos do gênero que publicavam nas páginas de jornais e revistas, como Luís Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony e Mário Prata.


          Destes, Rubem Braga (1913-1990) é o principal representante. Seu trabalho, publicado ao longo de sua vida em diversos jornais, compilações e antologias, acabou por elevar a crônica ao patamar de grande literatura. O centenário do autor pode ser uma boa oportunidade para explorar com a turma as principais características do gênero, estimulando a produção de textos.

 

Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/plano-de-aula-cronica-genero-jornalismo-literatura-747026.shtml

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